Fogos e ostentação não faltaram à vista do governador, nem tampouco protesto, mesmo que individuais, contra o que alguns chamam de governador das promessas. Apesar de não ter vindo em veículo blindado, o governador trouxe novas promessas. Dentre elas está o “lançamento da ordem de serviço para a autorização da abertura de licitação para contratação da empresa que vai fazer o projeto do Compaz”. Só não é piada porque é ano eleitoral e se soma ao período a nova ordem do saneamento de Arcoverde que se arrasta desde 2011 quando o ex-governador Eduardo Campos, já falecido, veio e assinou. Se o Brasil busca o hexa, Câmara já chegou ao tetra com mais essa nova ordem de serviço. Não é à toa que o governador está gastando R$ 179 mil com aluguel de carro blindado para utilizar quando estiver em Brasília.
Quem melhor traduziu a nova política pregada pelo PSB em Pernambuco e Arcoverde foi mesmo a estudante do Erema, Nathalia, que, segundo a qual a mesma quadra que enfeitaram e ajeitaram para receber o governador que nem olhou para a “cara dos estudantes”, foi proibida de ser utilizada para a realização dos jogos interclasses porque tinha buracos no telhado e estava toda deteriorada. Fecharam os buracos, pintaram tudo e ainda obrigaram os alunos a estar presente sob pena de não fazerem um tal simulado.
Enquanto alunos eram obrigados e marcar presença sob o comando de professores vigiados, uma professora, Heloísa Eneida, demonstrou de forma solitária o que a grande maioria dos docentes do estado de Pernambuco gostariam. Levou para o meio da quadra do Colégio Carlos Rios onde estava a caravana do governador e da prefeita um cartaz aonde batizava o excelentíssimo senhor Paulo Câmara como “governo das promessas”. Disse que fez um protesto, apresentando o cartaz (foto), e depois “me retirei do circo”. Após sua saída, fui informada que os assessores do governador estavam questionando sobre quem ela seria. “Lamentável! Uma pena! Não temos mais liberdade. Ditadura!”, sentenciou a professora. Para quem não lembra, ou não sabe, em 2014 Paulo Câmara prometeu dobrar o salário dos professores do estado. Hoje eles não estão conseguindo nem dobrar a ponta devido à defasagem.
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