Setenta pequenos produtores de leite do Agreste pernambucano serão beneficiados pelo projeto Produção Intensiva de Leite, uma parceira entre a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A iniciativa, lançada ontem, estima um investimento na ordem dos R$ 315 mil, que serão gastos com o acompanhamento técnico dos produtores, capacitação e análises laboratoriais do leite produzido.
“O nosso objetivo é acompanhar de forma efetiva esses pequenos produtores. Ao longo do tempo, através de pesquisas, percebemos que a produção de leite em Pernambuco tem alguns gargalos que precisam ser resolvidos. Por isso, o projeto está focado na otimização da gestão da atividade – custos, balanço da produção diária e margem de lucro –, higienização da ordenha e resolução problemas relacionados à nutrição animal”, diz o gerente de Arranjos Produtivos Locais da AD Diper, Álvaro França.
Segundo ele, nos últimos anos o Estado sofreu um decréscimo na produção devido à seca, “mas as chuvas voltaram e 2018 já é considerado um ano de retomada da bacia leiteira”. França diz que, a partir deste mês, os produtores terão todo o aparato necessário para a capacitação e análise do que está sendo produzido. “A ideia é profissionalizar a atividade, conferindo mais eficiência.” A AD Diper repassará R$ 100 mil ao Sebrae, que arcará com o restante da despesa e será o responsável pela capacitação dos produtores.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pernambuco, até 2016, era o oitavo maior Estado produtor de leite do País, com mais de 800 milhões de litros produzidos ao ano. Por dia, atualmente, o Estado produz 1,8 milhão de litros de leite conforme dados da Sociedade Nordestina de Criadores (SNC). Da produção, entre 400 mil e 500 mil litros são distribuídos às grandes empresa de laticínio e o restante, em sua maioria, é transformado em queijo de coalho. Os pequenos produtores beneficiados são todos do Agreste Meridional pernambucano e estão instalados nos municípios de Águas Belas, Buíque, Itaíba, Pedra e Tupanatinga. Juntos, os municípios representam uma produção de mais de 200 milhões de litros de leite.
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