ACADEMIA

sábado, 16 de junho de 2018

Prefeitura de Afogados da Ingazeira traz um dos maiores especialistas do Brasil para discutir plantas que curam


A Indústria Farmacêutica no mundo movimenta, anualmente, 63,5 bilhões de reais, segundo estimativas da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Com esse poderio econômico, e as suas consequências não tão naturais, é de se compreender o quão pouco utilizamos as plantas para usos medicamentosos. Além de impedir o crescimento da medicina fitoterápica, a indústria de medicamentos também se aproveita de seus conhecimentos, patenteando princípios ativos de plantas e registrando novos medicamentos com o uso destes.
Na contramão dessa lógica, a Prefeitura de Afogados da Ingazeira foi buscar um dos maiores especialistas brasileiros em plantas que curam, para discutir a implantação de uma política pública municipal de saúde fitoterápica: o médico naturalista Celerino Carreconde.
Celerino formou-se em medicina pela Universidade Católica do Panamá, concluiu mestrado em medicina comunitária e epidemiologia na Queens University Kingston, do Canadá. Já ministrou diversos cursos sobre o tema em países como Cuba, Índia e Inglaterra. Nesta quinta-feira, Celerino Carreconde participou de uma reunião com o secretário Municipal de Saúde, Artur Amorim, e demais gestores da saúde no município, para debater os rumos e estratégias de uma política pública municipal de saúde fitoterápica.
“Esse projeto é fundamental porque o futuro é a planta medicinal. Mais barato e mais eficaz, trazendo uma experiência acumulada de conhecimentos no uso das plantas que remontam há séculos atrás. E está se revendo no mundo inteiro como usar plantas como medicamentos, e que atua com o corpo da gente. Aqui em Afogados estão preparando o futuro, a partir da realidade, das plantas daqui, promovendo também o desenvolvimento da agricultura local, e melhorando a saúde da população. E o melhor, gastando menos dinheiro público com produtos químicos que muitas vezes não resolvem os problemas,” destacou Celerino, que no início dos anos 80, fez um belo trabalho com fitoterápicos no Pajeú, por solicitação e sob a orientação de Dom Francisco.
“Estivemos discutindo a implantação de uma política pública de utilização de plantas medicinais e o uso dos fitoterápicos em Afogados da Ingazeira. Inclusive, foi bem interessante porque a gente teve a participação do Dr. Celerino e Dra. Diana, que são sumidades no assunto a nível nacional, e eles nos passaram informações de como vamos poder ter mais êxito nesse processo de implantação da política pública. Uma parceria que promete,” destacou o secretário de Saúde, Artur Amorim.  

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