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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Sertânia detém o segundo maior rebanho de cabras do Estado, segundo dados do IBGE


Segundo acordo com dados do IBGE, Pernambuco possui o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil – atrás apenas da Bahia -, com cerca de 2,4 milhões de cabeças de cabras no Estado, registradas em 2018. Já no que diz respeito à criação de ovelhas, passou da quinta à terceira posição em 2015 (2,4 mi), permanecendo entre os três maiores até 2018. Fica atrás, apenas, de Bahia e Rio Grande do Sul, este último utilizado em sua maior parte para a produção de lã. O alto volume e desempenho desta atividade econômica fez com que fosse instituída pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), uma nova Câmara Setorial especialmente destinada à ovinocaprinocultura. A expectativa é que, ainda em 2020, seja anunciada a de Gesso.  
Tradição no semiárido nordestino, a comercialização de cabras e ovelhas – incluindo a criação para produção de leite e abate – representa cerca de 13% da produção agropecuária de Pernambuco. É o principal segmento econômico da agropecuária em terrenos secos, mais conhecida como de sequeiro. E foi justamente no sertão, no auditório da Escola Técnica do município de Sertânia, distante 315 km do Recife, que aconteceu a primeira reunião da Câmara, com membros de associações e empresários do segmento e órgãos estaduais. A escolha deveu-se à tradição local quanto à produção de caprinos e ovinos. Sertânia detém o segundo maior rebanho de cabras do Estado (156 mil cabeças) ficando atrás apenas de Petrolina (252 mil). É o quinto maior produtor local e o quinto nacional, segundo dados do IBGE em 2018. Quanto aos ovinos, o campeão estadual é Dormentes (234 mil cabeças). 
O encontro inaugural teve o objetivo de reunir os atores envolvidos nesta engrenagem e apresentá-los para que possam interagir. A próxima reunião acontecerá em dois meses. A meta é intensificar as ações prioritárias de interesse comum à cadeia produtiva, formular políticas estratégicas para o desenvolvimento setorial e executar as ações deliberadas. Além disso, serão promovidas articulações com entidades públicas, privadas e organizações da sociedade civil, para formalização de parceria na execução de ações de interesse da Câmara Setorial.
O presidente da Cooperativa dos Criadores de Caprinos e Ovinos, Edmir Souza, comemorou a iniciativa afirmando que sua categoria precisa do auxílio do governo para otimizar o andamento rápido dos licenciamentos e autorizações de comercialização. “O lançamento da Câmara veio em boa hora. Queremos replicar este modelo para outras cooperativas para que haja um maior desenvolvimento econômico e social do Nordeste”, comemorou. Para o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, AD Diper, o objetivo é ajudar o pequeno produtor. “Ele precisa de um bom suporte para ter fôlego e desenvolver seu negócio. Com o apoio e parceria do Sebrae já estamos conseguindo desenvolver boas ações e gerar emprego e renda na região”, afirma. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, acredita que, com a Câmara, pretende criar um diálogo com os representantes do setor. “Eu também sou empreendedor e, por isso, sei a importância desse tipo de estratégia. No ano passado, conseguimos atrair R$ 15 bilhões em investimentos privados. Mas o desenvolvimento não se restringe aos grandes empreendimentos. Temos que focar também nos pequenos negócios e nos arranjos produtivos locais. Pernambuco está no caminho certo”, afirma.  
A Câmara Setorial da ovinocaprinocultura é a sétima criada e gerida pela Sedec e AD Diper. Em 2019, foram instalados os grupos representativos do setor de leite e derivados, turismo, logística, audiovisual, sucroalcooleiro e têxtil e confecções. 

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