A exposição reúne mais de 200 fotografias feitas por Rômulo durante sua passagem por cinco estados do nordeste brasileiro e teve como inspiração especial as casas de taipa, por já ter morado em uma delas durante sua infância.
Para ele, fotografar as moradas e ruínas do sertão, despertam uma série de reflexões sobre possíveis dualidades que ali foram vivenciadas naqueles espaços.
SOBRE O ARTISTA
Rômulo Sátiro de Medeiros é natural de Carnaúba dos Dantas, Seridó do Rio Grande do Norte. É engenheiro agrônomo com doutorado em Entomologia (estudo dos insetos).
Desde 2004 reside e trabalha no Sertão Pernambucano, inicialmente como Perito Federal Agrário do INCRA e, a partir de 2009, como docente no IFSertãoPE.
Atualmente é professor titular do Campus Salgueiro. Desde 2014 reside em Serra Talhada e tem a impressão de que Seu Chagas (in memorian), em 1971, saiu do RN e veio enterrar o umbigo do filho Rômulo no “Pé da Serra Talhada”.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
“Não sei exatamente quando ocorreu-me o “lampejo” para fotografar as “Moradas e Ruinas do Sertão”. Suspeito que o “estalo” se deu em 20/12/2014, quando fotografei a lendária casa de taipa da AABB, atualmente “desaparecida”.
“Lembro que na ocasião conversei com o construtor da relíquia, o Sr. José Celestino, que relatou tê-la construído em 1971, coincidentemente, ano do meu nascimento. De lá para cá já foram registradas mais de 200 “Moradas e Ruinas do Sertão” em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Alagoas.
“Dentre as “Moradas e Ruinas do Sertão” que fotografei, às de “taipa” são, particularmente, especiais; talvez porque durante minha infância tenha morado em uma delas. Ainda está viva, em minha memória olfativa, a cena em que minha Mãe aguava, com uma cuia, o piso de chão batido para não levantar poeira enquanto varria.
Para além dessa doce memória, sempre que fotografo uma “Morada e Ruína do Sertão” fico a refletir sobre os amores / desamores, alegrias / tristezas, nascimentos / mortes que aquelas paredes/telhados testemunharam.”
Cauê Rodrigues
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