ACADEMIA

sábado, 6 de agosto de 2022

Segurança cibernética é tema de webinário promovido pelo MPPE

 


O Webinário 1 - Plano de Ação de Segurança Cibernética para o Ministério Público Brasileiro abriu, na quarta-feira (3), os eventos do Mês da Segurança Institucional no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que tem uma programação de três palestras, em agosto, organizadas pela Escola Superior (ESMP), o Comitê de Segurança Institucional e a Assistência Militar e Policial Civil (AMPC) do MPPE.

A palestra foi ministrada por Vanessa Fusco Nogueira Simões, que é a promotora de Justiça e coordenadora do Gabinete de Segurança e Inteligência do Ministério Público de Minas Gerais. Ela discorreu sobre cuidados que se deve ter na proteção de dados que instituições e órgãos públicos para que se evite invasões aos sistemas, assim como, caso ela ocorra, como minimizar os estragos causados.

"É preciso não só garantir barreiras eletrônicas, mas educar o ser humano a modificar hábitos que podem ser danosos, como deixar arquivos abertos no computador, compartilhar senhas, baixar programas desconhecidos, etc. Hábitos inseguros são muito arriscados. Ou seja, garantir a segurança cibernética não é somente um problema do setor de Tecnologia da Informação, mas de todos", refletiu Vanessa Fusco.

Segundo a promotora de Justiça, os ataques hackers a sistemas têm somente aumentado nos últimos anos e aceleraram com a pandemia de covid-19. "Nossas informações migram, cada vez mais, para o mundo digital. Mantê-las em segurança é um dever do serviço público, pois vivemos uma realidade de criminosos se especializando em invadir sistemas, danificá-los, impedir o acesso a eles e pedir resgate para liberá-los de novo à instituição", comentou ela. "O impacto é muito grande, pois tanto servidores quanto cidadãos ficam sem poder acessar serviços fundamentais, que ficam inviabilizados pelo ataque", revelou.

Vanessa Fusco elencou uma série de ações necessárias para que a segurança cibernética se aperfeiçoe: fortalecer ações de governança cibernética, elevar o nível de proteção, incentivar soluções inovadoras, ampliar a integração entre instituição e órgãos trocando experiências e trabalhando em conjunto, elevar o nível de maturidade social sobre o tema, identificar fragilidades, cuidado com exposições desnecessárias, descarte seguro de documentos, armazenamento em backups em locais distantes do de origem, treinamento de pessoal, entre outros.


"Não existe uma solução 100% eficiente. Mas é preciso a consciência de que se capacitar e contribuir para a segurança cibernética não é um trabalho a mais, mas uma tarefa que vai garantir que não se perca todo um trabalho já feito", alertou ela.

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