ACADEMIA

domingo, 26 de novembro de 2023

Sem o aval de quem os elegem, candidatos a vereador fazem aposta milionária em Afogados da Ingazeira

 


Por Pedro Araújo

Nem parece que os sertanejos passam dias de escassez domésticas, que vivem de farturas em suas casas. Antes o calejado eleitor era ouvido por quaisquer candidatos a cargos eletivos, e até tinham respeitos por estes sofredores, principalmente os da zona rural. De uns tempos pra cá houve uma grande reviravolta nas cabeças de cada um e por qualquer tipo de ajuda, a mínima necessária, estes votam em quem aparecer nas suas casas com as velhas ladainhas e promessas inalcançáveis.

Hoje é propagado pelos gestores municipais uma crise que está assolando os cofres das prefeituras, que vivem abarrotadas de apadrinhados e apaniguados, e mesmo nessa peleja, muitos municípios vem cumprindo com as obrigações. Não se pode usar os mesmos argumentos em se tratando de outros poderes constituídos, a exemplo de uma Câmara de Vereadores. Que chova ou faça sol os repasses são garantidos. Os edis e funcionários não se preocupam com crises que ocorram ou deixem de ocorrer em prefeituras. A crise dos municípios é uma queixa constante da presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia Conrado.

Muitos se perguntam o porquê se gasta tanto para obter um mandato de vereador. Será que compensa? Tem como reaver durante 48 meses de um mandato os valores que gastam durante quatro ou cinco meses de campanha? Pelos relatos de muitos candidatos, eleitos ou não, os pedidos dos eleitores são muitos e diversificados e se não atenderem perdem os votos. Muitos eleitores planejam com antecedência num pedido ou o que pedirem ao primeiro candidato que aparecer na sua porta. Chamam-se de eleitores vendidos.

Diante esses gastos, aparece por intermédio do Blog do Finfa, a notícia de uma aposta entre dois eminentes cidadãos, ilibados na política afogadense, que é o vereador Vicentinho e o ex-vereador José Edson Ferreira (Zé Negão), no valor de R$ 100 mil para ver quem tem mais votos entre os dois. A pergunta que não quer calar é: combinaram com os eleitores para fazerem tal aposta? Estão contando com os votos antes mesmo de serem votados? Porque tamanha certeza? Deduz-se que deve ser o que vão ofertar para o coitado do eleitor, que após a votação não tem direito de cobrar a ninguém por uma limpeza de um barreiro, a manutenção de uma estrada, uma escola ou um posto de saúde na zona rural, e porquê? Venderam ou trocaram seus votos por migalhas.

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