ACADEMIA

terça-feira, 21 de maio de 2024

Codevasf promove curso de hidromel para novos empreendedores do Sertão de Pernambuco

 


Dezessete novos empreendedores do Sertão pernambucano estão prontos para entrar no mercado de apicultura como produtores de hidromel, bebida milenar e uma das primeiras que se têm registro na humanidade, feita a partir da fermentação do mel em contato com leveduras específicas. Uma capacitação promovida gratuitamente pelo Projeto Amanhã, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) formou estudantes dos municípios de Belmonte, Mirandiba, Ouricuri, Parnamirim, Pesqueira, Petrolina e Serra Talhada.

O curso de hidromel buscou incentivar essas pessoas a ampliarem a lista de produtos que podem ser feitos a partir do mel, agregando maior valor comercial ao produto alimentício. A capacitação, com carga horária de 50 horas/aula, foi ministrado pelos engenheiros agrônomos Tayná Helen e Erison Martins e pelo zootecnista Marcelo Lopes, no Campus Parnamirim da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Dentre outros benefícios aos jovens pernambucanos, o aprendizado deu clareza ao caminho profissional que eles desejam trilhar, a exemplo de Cleyton Silva, estudante de Zootecnia da UFRPE, que concluiu a imersão em Apicultura com o Curso de Produção de Hidromel. “Eu não sabia qual área seguir e, graças à Codevasf, tive a certeza de que vou seguir na área de apicultura”, comemorou o mais novo produtor da região.

Durante a aprendizagem, os jovens também tiveram a oportunidade de debater temas atuais sobre a prática da apicultura e o que há de mais novo no manejo de abelhas, como os processos para a exportação do mel e a diferença entre o produto orgânico e o comum. Na programação do curso, também foram apresentadas técnicas de aumento da produtividade das colmeias.

Após o conteúdo teórico dos dois primeiros dias da formação sobre como produzir um mel de qualidade, a matéria-prima para o hidromel, os jovens puderam colocar, de fato, “a mão na massa”. “Mostramos aos alunos na prática o que debatemos no início do curso, de como podemos aumentar a produtividade dos enxames para conseguir mais mel”, explicou a engenheira agrônoma Tayná Helen.

A professora destacou, ainda, que há diversos outros produtos que podem ser feitos a partir do mel, como a geleia real e cosméticos e que todas essas possibilidades acabam tendo um valor comercial maior que o próprio mel. Ela acrescentou que a formação ofertada pelo Projeto Amanhã deve gerar mais renda e desenvolvimento profissional para os participantes.

“Com o curso, os jovens capacitados ampliaram as possibilidades profissionais a partir do mel, um dos produtos mais baratos da apicultura. Agora passam a tê-lo como matéria-prima para derivados com maior valor comercial”, destacou.

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