segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Vacina da gripe ajuda a prevenir sintomas graves de H1N1

 


A vacina trivalente da gripe, produzida pelo Instituto Butantan e distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal forma de prevenção contra a doença e suas complicações, como pneumonias e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que podem levar à morte.

O imunizante ajuda a prevenir sintomas graves de H1N1 e outras cepas do vírus influenza. A formulação da vacina de 2024 é composta por duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa de influenza B, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para assegurar uma proteção eficiente, o imunizante precisa ser atualizado anualmente, mesmo que isso signifique a mudança de uma ou das demais cepas da composição.

A OMS monitora os vírus e suas variantes nos hemisférios norte e sul, e, 6 meses antes do início do inverno, período de maior transmissão viral, anuncia as 3 principais cepas que devem estar na formulação dos imunizantes do ano seguinte.

Por isso, o Ministério da Saúde realiza todos os anos a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. A campanha foca principalmente nos grupos prioritários, como crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes e doentes crônicos, entre outros públicos, considerados mais suscetíveis às complicações.

“A vacina do ano anterior não necessariamente trará proteção contra as cepas circulantes neste ano. Por isso é importante tomar a vacina da gripe a cada nova campanha. A formulação da vacina da gripe de 2024 é composta pelas cepas predominantes no hemisfério sul: duas cepas da influenza A e uma cepa de influenza B, que tende a causar um quadro exacerbado de gripe em crianças pequenas”, afirma a gerente médica de segurança do Butantan, Karina Miyaji.

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus influenza, que tem grande potencial de transmissão. O Influenza pode ser dos tipos A, B, C ou D e corresponder a mais de 30.000 subtipos diferentes.

Os vírus são formados por proteínas chamadas hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) e podem causar os mesmos sintomas da doença. Os tipos A e B são os que atingem os humanos e ao menos 3 causam doenças: H2N2, H1N1 e H3N2.

Pandemia de H1N1

A vacinação é capaz de controlar a disseminação de Influenza, como a que se deu em relação à influenza A (H1N1) entre 2009 e 2010. A OMS decretou uma pandemia da doença em junho de 2009, depois de o vírus acarretar surtos na América do Norte e rapidamente se espalhar pelo mundo.

“As novas cepas de influenza que causam pandemias se originam de rearranjos genéticos de vírus de animais, como porcos e aves selvagens”, explica Karina.

Na época, ao contrário dos padrões típicos da gripe sazonal, o Influenza A (H1N1) causou elevados níveis de infecções no verão no hemisfério norte e níveis de atividade ainda mais elevados nos meses mais frios. O novo vírus também acarretou sintomas mais graves e maior mortalidade não observados em infecções recentes por influenza.

No Brasil, o H1N1 foi detectado em maio de 2009, concentrando-se primeiramente no Sul e Sudeste, mas depois se espalhando pelo país. Ao longo daquele ano, foram registrados quase 60.000 casos e mais de 2.000 mortes. Gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas foram as maiores vítimas.

“O estado gestacional causa várias alterações imunológicas, endocrinológicas e hormonais que tornam a gestante mais suscetível a infecções e a sintomas mais intensos em caso de infecção por influenza. A vacinação previne essas complicações na gestante e oferece uma dupla vantagem ao bebê”, disse Karina Miyaji.

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