Pernambuco, em nenhuma hipótese, terá usinas nucleares enquanto Paulo Câmara (PSB) for governador. O Diario de Pernambuco teve acesso a fontes do governo do estado de que esta é a posição definitiva do atual ocupante do Campo das Princesas.
Para que possa existir um projeto de geração nuclear o governo do estado tem o poder de autorizar ou não a implantação de qualquer unidade de produção. E no caso o atual governador de Pernambuco decidiu que não vai dar esta autorização. Assim, a tentativa do deputado federal Daniel Coelho (PPS) de alimentar uma polêmica está inteiramente esvaziada. Esse é um tema agora fora de discussão no território pernambucano. Existiram estudos para implantar um centro de energia nuclear no município de Itacuruba, Sertão de Itaparica. Mas, segundo apurou o Diario, esses estudos não têm mais utilidade, diante da decisão do governo de rejeitar qualquer produto para implantação de uma usina com essas características no estado.
A principal vantagem da energia nuclear é a não utilização de combustíveis fósseis. Considerada como vilã no passado, a energia nuclear passou gradativamente a ser defendida por ecologistas de nome por não gerarem gases de efeito estufa. Houve inclusive um movimento mundial chamado Ambientalistas pela Energia Nuclear (EFN- Environmentalists for Nuclear Energy), que criou uma organização sem fins lucrativos pró-energia nuclear que visa fornecer informações completas e diretas ao público sobre energia e meio ambiente. Também promove os benefícios da energia nuclear para um mundo mais limpo e visa unir as pessoas em favor da energia nuclear limpa. O site da organização afirma que a oposição ambiental à energia nuclear é o “maior equívoco do século”. O EFN é financiado pelos membros e doações de seus membros.
O EFN foi iniciado por Bruno Comby em 1996 após a publicação de seu livro Environmentalists For Nuclear Energy. A EFN reúne mais de 10.000 membros e apoiadores, com correspondentes em diversas partes do mundo e uma rede de organizações afiliadas em mais de 60 países. Ele objetiva informar o público sobre energia e meio ambiente. Patrick Moore, co-fundador do Greenpeace em 1971, e James Lovelock, autor da teoria de Gaia e considerado o fundador histórico do pensamento ambiental, são apoiantes do grupo. Estes ecologistas defendem uma virada radical em direção à energia nuclear como forma de combater o aquecimento global. Argumentam que particularmente áreas contaminadas por acidentes nucleares como a região de Chernobyl se tornem parques ecológicos perfeitos com natureza plena e selvagem.
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