Após mais de um ano sem câmeras de videomonitoramento, o governo de Pernambuco bateu o martelo e definiu a empresa responsável pela instalação e o gerenciamento de 2 mil equipamentos que serão instalados nas ruas e avenidas mais perigosas do Estado. A Teltex Tecnologia S/A, com sede em São Paulo, receberá R$ 122,9 milhões pelo serviço.
A homologação da licitação ocorreu na última sexta-feira (20), após a finalização da análise de recursos apresentados por outras empresas que estavam na disputa. O valor pago para a Teltex, com contrato de cinco anos, é 45,3% menor do que o previsto inicialmente pelo governo estadual.
As novas câmeras serão digitais e com inteligência artificial, inclusive com a polêmica “detecção de vadiagem”, que vai indicar pessoas com comportamentos considerados suspeitos.
O governo diz que os equipamentos começarão a ser instalados nas vias no primeiro trimestre de 2025, , em todos os municípios da Região Metropolitana do Recife e em alguns no interior, como Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão.
“A aquisição dessas câmeras, mais modernas e, portanto, mais eficientes, se soma a uma série de ações que estão sendo implantadas em todo o Estado, através do Juntos pela Segurança, para garantir mais tranquilidade à população”, declarou, em nota oficial, a governadora Raquel Lyra.
Uma das novidades previstas é o uso de 378 unidades do software para leitura de placas de veículos, com o objetivo de identificar aqueles que foram roubados ou furtados.
No site oficial, a Teltex afirma que presta serviços de tecnologia para o governo federal, além de vários estados e municípios, universidades, Poder Judiciário e setor privado.
Em Pernambuco, segundo a empresa, entre os clientes estão a Prefeitura do Recife, Justiça Federal, Tribunal de Justiça e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Empresa está em recuperação judicial
Empresas que estavam na disputa chegaram a questionar o fato de a Teltex estar em recuperação judicial. O processo tramita na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Estado de São Paulo. Avalia-se que as dívidas superam os R$ 40 milhões.
No entanto, segundo a Secretaria Estadual de Administração (SAD), existe um entendimento na segunda turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) indicando que a recuperação judicial não caracteriza como impedimento para contratação de uma empresa com o poder público.
A empresa estava em segundo lugar na disputa. A líder, L8 Group, foi desclassificada porque não atendeu aos requisitos exigidos no edital, entre eles a não comprovação do fornecimento de câmeras em vias públicas em pelo menos 30% do quantitativo definidos no Termo de Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.