ACADEMIA

domingo, 30 de outubro de 2022

Eleições e saúde mental: o adoecimento psíquico da população durante o período eleitoral

 


Com o segundo turno das eleições, e a polarização incidente na sociedade contemporânea, principalmente no cenário de disputa presidencial entre o ex-presidente Lula e o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro, os relatos de ansiedade, medo, irritabilidade e falta de sono, entre outros sintomas, tornaram-se ainda mais evidentes e presentes entre a população brasileira.

Com o país dividido, as discussões acaloradas atingem não só desconhecidos e amigos, mas também as famílias brasileiras. Relatos de pais e filhos brigados, netos e avós que deixaram de se falar devido às divergências políticas estão mais presentes. Com a internet e o imediatismo das informações, nem sempre verídicas, esse desconforto e esses confrontos tomaram conta da corrida presidencial.

Falta de consenso

De acordo com a cientista política Priscila Lapa, a falta de consenso entre a população é latente sobre diversos temas como sistema eleitoral, pandemia da Covid-19, universidade pública e vacinas, o que divide a sociedade.


"Como você reforma, como você muda um país politicamente se a gente não sabe para onde vai? Uma metade quer caminhar para um lado, a outra quer ir para o outro e quem é que vai construir esse consenso? Eu acho que isso não vai mudar no curto prazo, porque falta esse empenho de construir o consenso, ninguém está empenhado nisso, está todo mundo empenhado em fazer valer a sua opinião, a sua vontade, o desejo do seu grupo político e ninguém está olhando para o caminho do meio”, afirma Priscila. Por Tarsila Castro/Folha de Pernambuco.

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