De acordo com relatos de bastidores, de fontes confiáveis do Blog de Jamildo, a entrega do cargo por parte da ex-secretária de Defesa Social, Carla Patrícia, se deu por diversos problemas internos do governo Raquel Lyra.
Segundo fontes próxima à Secretaria, o desejo de desligamento de Carla Patrícia já era sabido, inclusive pela governadora, há algumas semanas. O sentimento interno é que o Governo não está efetivamente olhando para a segurança pública com a prioridade necessária, de modo a permitir que os avanços prometidos se tornem realidade.
Uma das fontes de aborrecimento era a centralização do governo Raquel Lyra, que emperrava as ações na pasta. A ex-secretária Carla Patrícia já havia, ao menos três meses atras, rascunhado um programa de segurança, mas não conseguia despachar com a governadora. Por coincidência ou não, o balanço de seis meses das mortes violentas divulgado pela SDS mostra poucas mortes a menos do que no mesmo período do ano passado, com Paulo Câmara.
“O cenário, a partir dos indicativos, é desafiador, e os meios materiais e humanos à implementação de novas políticas não estarão disponíveis num horizonte próximo. Algo trivial como o agendamento de encontros para definições foram raríssimas desse o início do mandato, o que levou a Secretária, desmotivada, a jogar a toalha”, afirmam fontes do blog do Jamildo.
Numa comparação sempre citada, o governador Eduardo Campos ia para todas as reuniões do Pacto pela Vida e fazia cobranças constantes, buscando engajamento e empenho. Paulo Câmara, por seu turno, ia menos, ajudando a situação da segurança pública sair de controle. No caso de Raquel Lyra, ela ia menos ainda. Ao contrário, determinou que não se colocasse mais metas de redução para as forças policiais, na elaboração do novo projeto.
No dia do lançamento do novo projeto de segurança, no Centro de Convenções, a ex-secretária Carla Patrícia foi exposta a uma situação constrangedora sem necessidade. Raquel Lyra concedeu a palavra no discurso ao deputado federal bolsonarista Coronel Meira, que praticamente fez um discurso sindical em favor de aumento salarial. Para ilustrar as fotos, pessoal administrativo dos batalhões da RMR foram acionados para encher as cadeiras do auditório do Centro de Convenções.
O ex-comandante da PM Meira havia sido processado e obrigado a se retratar publicamente por ter acusado a delegada Carla Patrícia de supostamente proteger o PSB e Paulo Câmara. Para alguns, existe a desconfiança que a saia justa teria sido feita de propósito, para criar constrangimento e apontar o caminho da rua. Coincidentemente ou não, a saída de Carla Patrícia aconteceu um mês depois.
Também se fala que o perfil da primeira mulher a assumir a SDS por ter contribuído para a saída. Como Carla Patrícia é bem preparada e ciente de suas obrigações, não teria temor de apontar problemas e externar críticas, não baixando a cabeça e dizendo amém sempre.
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