A divulgação de três pesquisas eleitorais agitou a semana da corrida pela disputa da Presidência da República em 2022. Os levantamentos feitos por Paraná Pesquisas, PoderData e Ipespe apontam a consolidação de Lula na dianteira e a tendência de queda do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os estudos mostram que o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro (Podemos) ainda disputa a terceira colocação com Ciro Gomes (PDT). O resultado indica, contudo, que os dois seguem consideravelmente distantes de Lula e Bolsonaro na preferência do eleitorado.
Na segunda-feira (22), o Paraná Pesquisas, único instituto que ainda mostrava Lula em situação de empate técnico com Bolsonaro, divulgou novo estudo com o petista à frente do atual mandatário, com mais de 5 pontos percentuais de vantagem. O petista varia de 34,9% a 35,8% e Bolsonaro, de 29,2% a 30,1%.
O estudo anterior, realizado em junho, mostrava a tendência de crescimento de Lula, mas não havia captado a ultrapassagem do petista em relação a Bolsonaro, detectada posteriormente por DataFolha, PoderData e Ipec. Em junho, Lula marcava 34,6% e o atual presidente, 36,9%. Moro, testado pela primeira vez pelo Paraná Pesquisas, teve 10,7%.
A tendência foi confirmada pelos novos resultados divulgados pelo PoderData na quinta-feira (25) e pelo Ipespe nesta sexta-feira (26). A divisão de estudos do Poder360 mostrou estabilidade em relação ao levantamento feito no final de outubro, com Lula entre 34% e 36% e Bolsonaro, 27% a 30%.
Há um mês, Moro variava de 7% a 8%. Desde então, o ex-juiz filiou-se ao Podemos, fez um ato de campanha em Brasília e teve intensa cobertura dos principais veículos de imprensa.
A estratégia, contudo, ainda não deu resultados. O PoderData mostra, agora, que ele segue estacionado com 8% em qualquer cenário, ainda empatado tecnicamente com Ciro (7% a 9%).
Na pesquisa do Ipespe, nenhum candidato variou acima da margem de erro (3,2 pontos percentuais). Moro oscilou três pontos positivamente, de 8% para 11%, e Bolsonaro, negativamente, de 28% para 25%.
No segundo turno, dois dos três levantamentos apontaram que o lava-jatista é o candidato que mais se aproxima de Lula. A vitória do petista sobre Moro é por 51% a 34%, segundo o Ipespe, e por 48% a 31%, de acordo com o PoderData.
O estudo do Paraná Pesquisas, por sua vez, diz que Moro perderia para Lula no segundo turno por uma distância mais larga do que perderia Bolsonaro. O integrante do Podemos tem 29,8% contra 40,7% do petista. Bolsonaro, por sua vez, tem 33,7% diante de 39,3% de Lula.
Leia a metodologia e acesse a íntegra das pesquisas:
Paraná Pesquisas
A pesquisa foi realizada no período de 16 a 19 de novembro de 2021 pelo Paraná Pesquisas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados foram coletados presencialmente em 164 municípios das 27 unidades federativas. Foram realizadas 2.020 entrevistas. Para acessar a íntegra, clique aqui.
PoderData
A pesquisa foi realizada no período de 22 a 24 de novembro de 2021 pelo PoderData. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados foram coletados por telefone em 459 municípios das 27 unidades federativas. Foram realizadas 2.500 entrevistas. Para acessar a íntegra, clique aqui.
Ipespe
A pesquisa foi realizada no período de 22 a 24 de novembro de 2021 pelo Ipespe. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados foram coletados presencialmente em 164 municípios das 27 unidades federativas. Foram realizadas 1.000 entrevistas. Para acessar a íntegra, clique aqui. Para acessar a íntegra, clique aqui.
Reprovação de Bolsonaro é recorde
O derretimento de Bolsonaro também foi captado pela mesma pesquisa do PoderData. O estudo mostra que a parcela da população que considera o trabalho do presidente “ótimo” ou “bom” foi à mínima histórica e chegou a 22%. A oscilação negativa foi de 2 pontos percentuais em relação ao levantamento realizado 15 dias antes.
Os números da avaliação do trabalho de Bolsonaro colocam o presidente em seu pior saldo desde abril de 2020, quando começou a série histórica do PoderData. A diferença entre os que acham o chefe do Executivo “ótimo” ou “bom” e “ruim” ou “péssimo” é agora de 35 pontos percentuais. Na última rodada, era de 33. Edição: Leandro Melito/Brasil de Fato.
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