Apevisa intensifica ações de fiscalização contra comercialização de cigarros eletrônicos nos polos festivos, em Caruaru

 

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) realizou no último fim de semana (15 e 16/06) ações de fiscalização e combate à comercialização de cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”, nos polos de festa, em Caruaru. A iniciativa teve como objetivo identificar possíveis irregularidades sanitárias e penais relacionadas à venda e à publicidade de produtos fumígenos.

A fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC nº 855/2024) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar da proibição, os cigarros eletrônicos são encontrados em vários estabelecimentos comerciais e seu consumo tem sido crescente, especialmente entre os jovens, atraídos pelo aroma e sabor mais agradáveis.

De acordo com a diretora da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Karla Baêta, essas ações de fiscalização fazem valer, nos eventos de grande concentração de pessoas, a proibição dos cigarros eletrônicos, conforme os termos da legislação sanitária federal e estadual. “É um período oportuno de massificar a informação, fortalecer a fiscalização e ampliar as ações de caráter educativo e também repressivo”, pontuou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cigarros eletrônicos liberam em seu vapor mais de 80 substâncias nocivas à saúde, que são altamente viciantes. Especialistas ressaltam que eles contêm nicotina da mesma forma que os cigarros tradicionais e podem, inclusive, levar a níveis de intoxicação no organismo superiores quando comparado ao convencional.

A Diretoria Geral de Atenção Primária da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por sua vez, promoveu atividades educativas e de promoção à saúde, junto ao público do evento. “Intensificamos as orientações a respeito dos riscos do tabagismo para saúde, serviços de saúde disponíveis na rede pública, no intuito de ampliar a conscientização da população, em especial para jovens e adolescentes, além de desmistificar a ausência de malefícios dos dispositivos eletrônicos”, explicou o diretor de Atenção Primária e Atenção à Saúde Prisional, Leandro Lima.

Além da Apevisa, as ações contaram com a atuação da Agência Sanitária de Vigilância de Caruaru, Diretoria de Atenção Primária/SES, IV Gerência Regional de Saúde (Geres), Ministério Público de Pernambuco (MPPE),  Agência Estadual de Meio Ambiente CPRH, Polícia Militar, Polícia Civil, Procon, Fundação de Cultura de Caruaru e Secretaria de Ordem Pública de Caruaru.