A esposa e uma das filhas de um empresário morto a tiros na casa onde morava em Patos, no Sertão da Paraíba, foram presas suspeitas de planejar e pagar pela morte dele. O crime aconteceu no dia 21 de agosto deste ano. Outros três homens foram presos. De acordo com a Polícia Civil, eles teriam recebido para matar o homem. Apenas o atirador ainda não foi detido. As prisões aconteceram através da operação “Indignos”, deflagrada pela Polícia Civil, na última sexta-feira (18). De acordo com o delegado Gaudêncio Neto, mãe e filha disseram em depoimento, que os indivíduos entraram na residência durante a madrugada e mataram a vítima enquanto ela dormia. Ainda segundo a versão delas, ambas foram feitas reféns e abandonadas às margens da BR-230, na altura do município de São Mamede. Como as versões apresentadas por Encredy Lima Nunes, de 18 anos, e Raelma Lima Pedroza, de 40 anos, apresentavam contradições, as mulheres foram presas preventivamente no dia 23 de agosto de 2019. “A Encredy disse que quando ouviu os disparos saiu correndo desesperadamente. Mas as imagens de câmeras de segurança de casas vizinhas mostraram que ela saiu calmamente com o celular na mão como se estivesse passando orientações para alguém”, explicou o delegado.
As investigações identificaram um cheque no valor de R$ 25 mil, compensado na conta da vítima um dia antes do crime. O documento foi assinado pela esposa do empresário, que mantinha uma conta conjunta com ele e seria destinado para o pagamento pela execução do homicídio.
As investigações apontaram também a participação de um homem, conhecido como “Cacau”, que é cunhado do beneficiário do cheque e manteve um relacionamento amoroso extraconjugal com a esposa do empresário. Ele teria contratado o grupo para cometer o crime. Foram presos José Carlos de Moura, 26 anos, beneficiário do cheque e que prestou auxílio ao cunhado Cacau para esconder o veículo após o crime; José Carlos da Silva Nascimento, de 34 anos, um pastor evangélico, apontado como amante da esposa da vítima e que arquitetou todo o crime a pedido da amante; e José Filipe da Silva, de 19 anos, contratado como motorista. “Testemunhas contaram que a vítima agredia a mulher, por pelo menos 20 anos de casamento, junto ao fato de ter saído de casa e assumido um novo relacionamento. Esses seriam os motivos, mas só podemos confirmar com os depoimentos delas”, pontuou o delegado. Todos os homens confessaram participação no crime. Já a esposa e filha da vítima negam qualquer envolvimento. Os cinco detidos serão indiciados pelo crime de homicídio qualificado.
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