O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou o sistema eleitoral brasileiro pelo menos 23 vezes em 2021. O número inclui acusações de supostas fraudes em disputas passadas, menções a pleitos “esquisitos” realizados no exterior e exemplos de votações “limpas” que o Brasil deveria seguir. Entram na conta as ocasiões em que o chefe do Executivo usou a palavra “fraude” como sinônimo de eleição sem voto impresso.
Além disso, Bolsonaro criticou integrantes do Judiciário federal em ao menos 12 oportunidades nos últimos 12 meses. O ministro Luís Roberto Barroso foi um dos principais alvos do presidente. Motivos: presidir o Tribunal Superior Eleitoral –órgão responsável pelo sistema eleitoral brasileiro– e defender publicamente a segurança das urnas eletrônicas.
Bolsonaro também fez declarações contrárias ao Supremo Tribunal Federal por conta de determinações da Corte sobre o papel do Estado na luta contra a pandemia de covid ou por decisões do Tribunal a respeito de casos que tiveram origem com a Operação Lava Jato (como a anulação de condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva).
Assim como Barroso, o ministro Alexandre de Moraes recebeu ataques diretos. Sobretudo nas semanas que antecederam ao ato pró-governo realizado no 7 de Setembro. Nesse caso, pesaram contra o magistrado suas determinações contra apoiadores extremistas do presidente.
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