O governo federal está custeando sozinho a operação dos dois canais da transposição do rio São Francisco, sem cobrar pela água dos estados receptores. Em 2024, essa conta foi estimada em R$ 273 milhões.
Os eixos leste e norte estão prontos desde 2017 e 2022, respectivamente, mas a cobrança não avança porque os estados de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte usam a força política e tentam condições favoráveis.
A cobrança já deveria ter começado, já que o termo de compromisso assinado em 2005, antes das obras, previu uma divisão clara de custos: o governo federal era responsável pela implantação do sistema, e aos estados caberia bancar os gastos de operação e manutenção quando ele fosse concluído.
Para que a água fornecida seja cobrada, é preciso que seja assinado um acordo comercial entre a União e os estados.
Em 2021, um pré-acordo chegou a ser assinado, mas o termo final emperrou. Descontente com os rumos da negociação, os governadores à época decidiram então esperar a mudança do governo Bolsonaro para tentar melhores condições com Lula.
As negociações recomeçaram ainda no início do novo governo, como a coluna contou em abril de 2023. A promessa era de que o contrato seria assinado ainda naquele ano, mas mais uma vez o termo não andou.
Desde a volta de Lula, os governadores aproveitaram a condição de aliados e conseguiram empurrar a cobrança e conseguiram boas condições.
Do UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.