Até a parada do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, o Afogados da Ingazeira vivia um período mágico. Primeiro por conseguir, em 2019, a terceira colocação no Campeonato Pernambucano e as consequentes vagas na Série D e Copa do Brasil. Nesta temporada, eliminou o Atlético-AC e o Atlético-MG na Copa do Brasil, sendo o jogo contra o Galo o maior feito da curta história do clube. Com o valor arrecadado, R$ 2,69 milhões ao todo, a Coruja vai investir na sua estruturação. Um dos planos é o início das obras para ter o centro de treinamentos. Antes procurando um terreno para comprar, hoje não precisa mais. O clube recebeu a doação de um espaço de dois hectares próximo a cidade e pretende, nele, iniciar o “Ninho da Coruja”.
“Nós já temos um terreno. Iríamos comprar, mas o clube ganhou um terreno de dois hectares próximo da cidade. Um terreno doado por um ex-prefeito (Totonho Valadares) de Afogados. Estive lá com ele, mais alguns diretores do Afogados. Separamos o local, está lá. Falta o topógrafo fazer a planta para eu passar para o arquiteto, para fazer o estudo de viabilidade e o projeto, para que a gente possa começar o tão sonhado centro de treinamento do Afogados, que será o Ninho da Coruja”, explanou, empolgado, o presidente do Afogados, João Nogueira.
Além disso, o Tricolor do Pajeú já projeta que o CT comece a sair do papel ainda neste ano. A depender da evolução do fim da quarentena pela covid-19, o clube já planeja iniciar as obras, com limpeza do terreno, terraplanagem e outros processos. E o mandatário espera já ter uma primeira parte pronta para uso ao fim do seu mandato, no próximo ano. “Eu vou fazer por etapas. Minha gestão termina no dia 31 de maio de 2021. Até lá, quero entregar pelo menos uma parte pronta e deixar as próximas etapas para aqueles que me sucederem”, acrescentou.
DINHEIRO SÓ PARA O CT – Com as dificuldades financeiras vividas pela maior parte dos times no estado por conta da suspensão das atividades, o Afogados está em situação diferente. Por causa das cotas acumuladas, conseguirá manter os salários em dia. Entretanto, não se mostra favorável a continuidade do Estadual mais para frente. Porque, além da falta de datas e da correria que seria para se reorganizar o calendário, a Coruja teria que desembolsar uma parte dessa cota para cobrir esses gastos. Coisa que o presidente João Nogueira se recusa a fazer. Ele foi veemente ao afirmar que o montante será aplicado para a estruturação do clube.
“Os clubes não têm condições de manter os contratos, de bancar essas folhas salariais. Nossa folha bruta é de R$ 130 mil. Eu vou tirar de onde? Não vou tirar o dinheiro que o clube ganhou na Copa do Brasil e jogar para esse campeonato. De maneira alguma. Isso é para o clube se estruturar para o futuro. Não vou quebrar um planejamento que foi feito no ano passado. Esse dinheiro tem um destino certo: Estruturar o clube. É para nosso CT e formação da nossa base”, encerrou.
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