ACADEMIA

domingo, 31 de maio de 2020

Familiares de trabalhadores da empresa Ferreira Guedes estão temerosas com casos da Covid-19, na Transposição em Sertânia


Denúncias de familiares dos funcionários da Ferreira Guedes, empresa terceirizada para os trabalhos na Transposição do São Francisco, que trabalham em Sertânia e Arcoverde, estão apreensivos com rumores de casos do novo coronavírus no ambiente de trabalho naquela empresa. Um caso de um encarregado da Ferreira Guedes ter saído entubado para um hospital de Arcoverde está apavorando os que tem contato direto com esse pessoal e pelo que consta nas denuncias, estão tentando “abafar” o caso.
Segundo eles, a empresa tem casos da Covid-19 e não estão tomando os devidos cuidados para não contaminar os demais. Eles acusam que a referida empresa está até tentando abafar esses casos. Ninguém quer e nem precisa saber nomes dos infectados, mas a informação sobre o contágio de algum funcionário é essencial para que haja a disseminação.
“Sou nora de uma dos trabalhadores dessa empresa e muitos funcionários estão reclamando que mesmo com alguns casos já registrados, a firma teima em não parar os trabalhos e nem tomar os devidos cuidados. A Ferreira Guedes alugou o Deseu Motel  em Arcoverde, próximo à entrada de Ipojuca, e ali coloca 4 pessoas em cada quarto e são familiares nossos que estão correndo perigo em contato com tudo que é de gente, inclusive, de outros Estados”, diz uma denunciante.
“Em Sertânia são vários casos já. E os trabalhadores que tiveram contato com esse pessoal que está doente, inclusive um internado em Arcoverde, como ficam? Estamos apavorados temendo por nossos familiares aqui em Sertânia”, disse uma senhora que pediu para não ser identificada, pois teme que o funcionário perca o emprego se souber que ela está denunciando.
A comunidade tem se manifestado em redes sociais e através de sites, pedindo urgentemente uma ação mais enérgica por parte do Ministério Público, do Ministério do Trabalho, no sentido de resguardar a vida dessas pessoas. “Estamos sabendo que quando há alguém com sintomas ele fazem o teste e quando positiva para a Covid-19, simplesmente mandam para casa ou se for grave, internam, e os trabalhadores que tiveram contato com essas pessoas contaminadas como ficam, hein? Não há monitoramento. Estou dizendo isso porque é o que está acontecendo. Será que ninguém vai tomar providência?”, acusa a esposa de um dos trabalhadores da empresa, que pelo mesmo motivos citado acima, também pediu para não ser identificada.
Resta às autoridades da Vigilância Sanitária de Sertânia e de Arcoverde, o Ministério Público e do Trabalho se manifestarem e encaminhar com urgência uma equipe in-loco para averiguar o fundo de verdade dessas denuncias. No ramal do Agreste, que vai de Sertânia à Arcoverde, cerca de 1.200 funcionários que continuam trabalhando. Os casos do novo coronavírus nessas duas cidades se confirma diante das denuncias que são feitas e não checadas pelos órgãos competentes.
Tribuna do Moxotó

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