Em noite de festa, Banda de Pífano do Riacho do Meio, em São José do Egito, lança seu primeiro disco

 

O anúncio (convite) escrito pelo pifeiro Ciço do Pife deixou bem claro que os amantes da cultura regional a partir do distrito do Riacho do Meio, em São José do Egito, que na noite deste sábado (27), entrou pra história, com o lançamento do primeiro disco da Banda de Pífano que ele integra, junto com outras feras do instrumento tradicionalmente confeccionado com cano de bambu.

Dizia o convite: “É com muita alegria que anunciamos o show de lançamento do nosso primeiro disco! O evento acontecerá neste dia 27 de maio, a partir das 20h, na Praça de Riacho do Meio. Esse show está sendo planejado com muito carinho, em forma de agradecimento a todas e todos que contribuíram para a realização desse sonho. Esperamos vocês por lá!”. E deu tudo certinho, como manda o figurino cultural da região.

História

A Banda de Pífanos de Riacho do Meio teve como formação inicial os pifeiros Pedro Ventura,  primeiro pífano e Biu de Lirinha segundo pífano, Amaro Ventura na Zabumba e Chico Cariri na caixa. Devido a zona rural de São José do Egito ter uma efervescência musical muito grande, outras bandas de pífanos também foram contemporâneas a esta formação, como as bandas das duplas de pifeiros Antônio de Joventino e Nelu, Nêgo e Inácio e os irmãos Zeca e Zé do Pife.

A história da banda se confunde com a história de todas as bandas de pífano daquela redondeza, pois, quando por motivo de saúde, mudança ou motivação alheia, algum membro saía da banda, o integrante de outro grupo de pife o substituía com o intuito de manter a tradição. Assim, a banda de pífano de Riacho do Meio em suas mais de três formações é uma banda centenária que merece destaque na história de São José do Egito e da Região por tão bem conduzir as novenas e festividades dos povoados e por já ser parte da memória coletiva.

Formação: Zeca (Pífano), Ciço (Pífano), Preto (Caixa) , Dié (Zabumba) e Paulo no (Triângulo) compõem a Banda que conta com vasto repertório de músicas autorais passando por xotes, marchas, polcas e valsas, integrando músicas já conhecidas e composições autorais sempre muito bem executadas e com uma inovação nos arranjos e na forma de tocar.