O Museu do Cangaço receberá neste mês de maio três projetos simultaneamente para movimentar a cena cultural da cidade, robustecendo o espaço como palco de fomento, de criação e fruição, além de dar ênfase a 22ª Semana Nacional dos Museus, que traz o tema “Museus, Educação e Pesquisa”, diretamente realçado com os projetos a serem executados, conforme segue na programação:
Uma história e depois outra
O projeto Uma História e Depois Outra tem em vista causar o acesso aos bens culturais dos espaços expositivos do Museu do Cangaço, Museu da Cidade (Casa da Cultura) e Marco Zero de Serra Talhada estreitando o diálogo Museu-Escola, fomentando a discussão crítica de temas multidisciplinares e contribuir para a construção de uma prática pedagógica inserida na vida social da comunidade escolar.
Serra Talhada, terra natal do cangaceiro Lampião, retratará as histórias do Cangaço, por meio do projeto “Uma História e Depois Outra”, durante o mês de maio, no Museu do Cangaço.
O projeto é direcionado aos professores e adolescentes das escolas públicas de Serra Talhada, que além de conhecer a história do seu povo, vão vivenciar lugares que foram palcos de acontecimentos históricos.
O ponto de partida da aventura será na Praça Agamenon Magalhães, que originou o município e que ainda mantém os casarios construídos nos séculos XVIII e XIX.
Depois, o grupo segue para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída pelos escravos no século XVII) que conta com muitas histórias e lendas que permeiam o imaginário popular e a Casa da Cultura de Serra, onde os jovens terão contato com o acervo cultural da cidade.
As escolas visitarão também o Museu do Cangaço, o maior do gênero do Brasil, que funciona na antiga Estação Ferroviária e que tem relíquias do personagem sertanejo (Lampião), como utensílios domésticos, armas usadas, fotografias, livros, filmes e documentários sobre os cangaceiros, volante (era como chamava a polícia que perseguia Lampião) e outros personagens que foram parte forte da história do cangaço.
Os alunos assistirão a uma apresentação do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, dança criada pelos cangaceiros. Lampião deu uma grande contribuição para a cultura do Sertão.
A chegada de Lampião no inferno
É um espetáculo teatral da autoria de Antônio Alexandre de Souza, inspirada no clássico verso de cordel homônimo de José Pacheco, com Direção de Anildomá Willans de Souza, com produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião.
A curta temporada com o espetáculo teatral A chegada de Lampião no inferno, no espaço Quintal do Museu – do Ponto de Cultura do Museu do Cangaço, em Serra Talhada, nos dias 14,15 e 16 de maio de 2024, às 20 horas, com acesso gratuito, voltada para o público estudantil, está dentro da proposta de formação de plateia, democratização dos meios de produção teatral, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através do diálogo e do teatro, contribuir em manter ativo os espaços de fruição das artes populares, além de valorizar o talento dos artistas sertanejos e promover a cultura sertaneja
Memória e Patrimônio: A Fonte da Juventude
O Projeto Memória e Patrimônio: A Fonte da Juventude é uma contribuição acessível para mobilizar os jovens da comunidade nas quais vivemos para despertarem maior interesse pelo conteúdo da história e da memória.
É comum que o público em geral conheça a história em um plano aberto, e aí fazem suas análises e interpretações de forma genérica. A medida que detalhes começam a serem pesquisados e estudados, novas visões começam a acontecer e, por impulso, começa a haver uma retomada de entendimento no passado e do presente.
A proposta é realizar três exposições temporárias sobre alguns recortes da história do Cangaço, durante os meses de abril e maio no principal salão do Museu do Cangaço, com:
O que dizem sobre Lampião
Será o nome da exposição feita com 20 (vinte) matérias de jornais da época do cangaço falando de suas façanhas nos sertões de Pernambuco, Paraíba e Bahia.
Obras sobre o rei do cangaço
Exposição de livros antigos e raros com o tema cangaço escritos nos anos vinte e trinta, inclusive exemplares que foram escritos com o biografado ainda vivo.
Lampião por ele mesmo
Será uma exposição com 10 (dez) bilhetes escritos pelo próprio punho de Lampião extorquindo dinheiro, passando avisos a fazendeiros e coiteiros.
O objetivo é mostrar aos alunos e público em geral a importância de estudar os fatos históricos, estimular o exercício do pensar em como nós chegamos até aqui, o que foi este processo e o que temos hoje e potencializar o Museu do Cangaço em espaço de reflexão.
Os três Projetos têm o Incentivo do Edital Microprojetos Culturais / Funcultura / Fundarpe/ Secretaria de Cultura / Governo de Pernambuco e a Produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião.
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