Fundação Altino Ventura vai reduzir atendimentos por falta de repasse financeiro do governo de Pernambuco

Alegando falta de repasses do governo do estado, através da secretaria estadual de saúde (SES), a Fundação Altino Ventura (FAV) vai reduzir atendimento em todas as unidades do estado. A informação surgiu após boatos de que iria fechar a unidade da Fundação Altino Ventura, que funciona em um prédio alugado, no município de Salgueiro, Sertão de Pernambuco.

Informações do Blog de Alvinho Patriota, é que este que recebeu nota da diretora da FAV em Salgueiro, Kelly Jucá, rebatendo os boatos de fechamento da unidade do município, acabou denunciando a falta de repasses do Governo do Estado.

“O que acontecerá é uma redução dos atendimentos em todas as unidades de Pernambuco, por falta de repasses do Governo do Estado, mas a instituição permanecerá em Salgueiro”.

Ainda de acordo com Kelly, em agosto a FAV completa 16 anos de funcionamento na cidade, sem nunca ter recebido apoio da prefeitura.

“Vamos fazer 16 anos de funcionamento em Salgueiro agora em agosto e nunca tivemos nenhum subsídio da prefeitura. O prédio é alugado, mas é a própria FAV que paga”, explicou a diretora, afirmando que já tentaram uma parceria para construção de sede própria com auxílio do governo municipal, mas não conseguiram.

Serra Talhada

Ao contrário  do que acontece em Salgueiro, em Serra Talhada o governo municipal não mediu esforços para convencer a Fundação Altino Ventura a instalar uma unidade no município, que já está pronta aguardando a definição da data para inauguração.

Os méritos são do prefeito Luciano Duque, que reformou em tempo hábil a unidade – que atende todos os padrões sanitários e do ministério da saúde – conseguindo através de articulação política, verba para a compra de equipamentos para a unidade.

Unidade Central

A senhora Albani Veras, 63 anos, moradora da cidade de Afogados da Ingazeira, disse que há mais de três anos, enfrenta dificuldades para realizar uma cirurgia na sede da Fundação no Recife. De acordo com ela, já foram realizados diversos exames, mas não consegue fazer a cirurgia dos olhos.

“Eu tenho que fazer de época em época novos exames, porque eles se vencem e sem eles, a cirurgia não sai. Eu to quase ficando cega e sem condições, porque nem aposentada sou, tenho que me deslocar pelo menos uma vez por mês ao Recife para saber quando irão fazer a minha cirurgia, e nunca me dizem exatamente quando isso vai acontecer, pedem apenas para esperar”. Disse a dona de casa.