O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, alerta para o risco do aumento do trabalho escravo com o fim do Ministério do Trabalho. Sem dar detalhes, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que a pasta será extinta ou incorporada por outro ministério.
“As ações de fiscalização contra o trabalho escravo já estão ameaçadas pela falta de orçamento. O fim da pasta ameaça ainda mais esse combate”, diz Fleury.
Segundo ele, o futuro governo deve lembrar que os países da Europa não fazem negócios com países que utilizam mão de obra escrava. “A palavra de ordem na Europa é compliance. Se o país não combater o trabalho escravo, e sabemos que ele continua existindo, perderá dinheiro, pois não venderá mais para esses mercados.”
Outro risco, segundo Fleury, envolve medidas de redução de acidentes de trabalho — o Brasil é o quarto do mundo nesse ranking. Entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou cerca de 26,2 bilhões de reais com benefícios acidentários (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente).
Fonte: VEJA
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