Afirmando que a Prefeitura de Arcoverde se tornou “um cabide de empregos familiar”, a vereadora Zirleide Monteiro (PTB), afirmou que está fazendo um levantamento sobre as “inúmeras famílias que se alojaram” na administração municipal enquanto dezenas de concursados têm que entrar na justiça para serem convocados e assumirem seus empregos.
“O engraçado deste governo é que enquanto castiga os concursados não os chamando, e não me venham dizer aqui que já chamou 70, 80, 90 por cento, tem que chamar todos. Pois bem! Enquanto não chama os concursados, vimos na Prefeitura um leque de famílias penduradas na chamada viúva”, afirmou a vereadora cobrando a convocação dos concursados.
“Sabemos que concursado tem apenas expectativa de direito, mas sabemos que não é justo enquanto temos concursados aprovados as vagas sejam ocupadas por servidores contratados, escolhidos a dedo pela prefeita. Chamem os concursados prefeita. Respeite essas pessoas que acreditaram em seu concurso, fizeram as provas e aguardam serem chamados”.
Zirleide citou vários casos de cargos comissionados de uma mesma família que estariam ocupando vagas na prefeitura de Arcoverde, enquanto muitos concursados lutam na justiça para serem chamados. Conforme consta no Blog A Folha das Cidades, Zirleide cita o presidente da AESA (Roberto Coelho), referindo a pessoas suas que estão trabalhando na Prefeitura e, ao mesmo tempo, cobrando respostas feitas à autarquia sobre a concessão irregular de bolsas de estudo, entre outros.
“Temos um presidente da AESA, que não gosta de prestar contas ao povo, que também tem cargo no governo, assim como também tem uma filha empregada, enquanto isso, temos vários concursados querendo apenas que se faça valer seu direito a ter um emprego normal. Temos uma diretora de policlínica, que tem um marido na AESA, trabalhando nas finanças. Temos uma tesoureira que tem parentes nos vários escalões do governo. Um controlador que tem esposa em outro cargo”, saiu relacionando e afirmando que era apenas a ponta de um iceberg.
Zirleide Monteiro afirmou que está levantando um por um os nomes para acionar o Ministério Público, citando o caso de Garanhuns, aonde a promotoria exigiu a exoneração dos familiares dos secretários e ainda fez com que eles pagassem multas.
“Vamos atrás do MP e se o MP não conseguir agir, vamos atrás de outras instâncias. Já temos várias denúncias protocoladas no Ministério Público em Arcoverde e esperamos que elas sigam o trâmite para que as devidas providências sobre as irregularidades apontadas sejam devidamente apuradas e os responsáveis penalizados de acordo com a lei. Se precisar, vamos diretamente à Justiça”, disse a vereadora.
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