Pernalonga, nome artístico de Roberto de Lira França, marcou o teatro pernambucano, tanto por sua participação na iconoclastia do Grupo Vivencial quanto por seu ativismo na arte-educação e luta em prol dos direitos humanos. Falecido no ano 2000, ele é celebrado com um prêmio que leva seu nome, promovido pela Secult/Fundarpe, e, agora, é novamente reverenciado com a primeira edição da Mostra Pernalonga de Teatro, que começou dia 22 de agosto, no Teatro Arraial.
O resultado do Prêmio foi publicado no final do ano passado e na categoria de iniciativa individual trouxe a premiação ao projeto “No Meu Terreiro Tem Arte” idealizado pela atriz Odília Nunes do município de Ingazeira.
Para esta edição do Prêmio Pernalonga foram destinados R$ 90 mil, sendo R$ 25 mil para Espetáculo Adulto, R$ 25 mil para Espetáculo para Infância e Juventude, R$ 10 mil para Espetáculo Solo, R$ 10 mil para Iniciativa Individual e R$ 20 mil para o vencedor da Iniciativa Coletiva.
Na programação, Odília ministrou a Oficina “Teatro de Memória” no domingo (25) no Espaço Pasárgada.
Sobre o Projeto:
NO MEU TERREIRO TEM ARTE – O projeto da artista Odília Nunes propõe uma combinação de ações que envolvem grupos de artes cênicas5 que ela recebe em sua casa, no Sítio Minadouro, área rural de Ingazeira, Sertão do Pajeú pernambucano. O mote principal do projeto são as apresentações de espetáculos teatrais gratuitos realizadas nos terreiros (quintais) da comunidade, mas o projeto se completa com a realização de oficinas criativas na escola municipal local. Nos últimos dois anos, Odília já promoveu nos terreiros do Minadouro 17 espetáculos, além de oficinas de música, dança, teatro e conscientização ambiental na escola. Tudo feito por ela e seus amigos, por amor à arte, sem cachês nem ajuda de custo.
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