Após as tumultuadas mudanças no início da gestão de Paulo Maiurino na Polícia Federal, delegados apontam para a superintendência de Pernambuco como um possível foco de tensão para os próximos dias.
Duas investigações em andamento no estado miram a família do líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A operação Contrassenso, deflagrada na terça-feira (13), fez buscas na Prefeitura de Petrolina, comandada por Miguel Coelho, filho de Bezerra.
A investigação mira desvios em contratos da área de educação. Um dos alvos é Felipe Costa, assessor especial na cidade e chefe de gabinete de Miguel em seu mandato como deputado estadual.
O líder de Bolsonaro e o irmão de Miguel, Fernando Filho, são alvos de outra apuração, que está prestes a ser concluída.
A PF se debruçou sobre a delação de agiotas que indicaram repasses de valores de construtoras com contratos com o governo federal para Bezerra, à época ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff (PT).
Em participação recente no programa Jota Silva, da rádio Gravatá FM, o presidente do PTB em Pernambuco, Coronel Meira, atacou a superintendente da PF no estado, Carla Patrícia Cintra.
“Não sei por que o Geraldo Júlio (PSB, ex-prefeito de Recife e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico) não é preso. Até eu sei. Porque a superintendente da PF de Pernambuco faz parte do time do PSB. E eu já pedi a Bolsonaro duas vezes, pedi recentemente de novo, ‘pelo amor de Deus, tire aquela mulher’. Porque ela está sentada em cima de todas as investigações de Pernambuco. É preso em todo lugar. Sai em todo lugar. Em Pernambuco não sai”, afirmou Meira.
O PTB é presidido por Roberto Jefferson, um dos aliados mais próximos de Bolsonaro.
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