ACADEMIA

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Afogados: “Dando a Edgley Brito a visibilidade que ele merece”

 


Por Ademar Rafael Ferreira (Especial)

Reza o folclore poético que numa cantoria em Brasília o poeta Sebastião Dias ao olhar para um quadro pintado na parede do espaço onde estava cantando fez a seguinte sextilha: “O quadro ficou bonito/A pintura ficou boa/E aquela garça branca/Lá na beira da lagoa/O pintor caprichou tanto/Que se espantar ela voa.” Essa plenitude artística detectada pela sensibilidade do poeta do Rio Grande do Norte eu percebo em obras de Edgley, sua força artística supera as mais exigentes expectativas.

Recentemente ele emprestou seu talento para capa de um cordel que o poeta Diomedes Mariano fez sobre personagens de Afogados da Ingazeira. Em função de outro trabalho o nível de perfeição estimulou o poeta de Solidão à em contato telefônico dizer: “Ademar, Edgley fez uma foto minha tão parecida que se apertar ela faz um verso”.

Destaco nesta crônica, três momentos especiais do artista. O primeiro, o “Homem de ferro” feito especialmente para o Baile Municipal de Afogados da Ingazeira, ano 2017; o segundo, o “Grilo Gigante” do Bloco Grilados no carnaval de 2019 e o terceiro o “Bolo de Aniversário” dos 110 anos da cidade que ele tanto promove com sua arte. Isto fique bem claro, é um minúsculo aperitivo do que já produziu nosso valoroso artista plástico.

Fica um pedido para os gestores públicos de Afogados da Ingazeira. Com as obras de revitalização ora promovidas na Praça Carlos Cottart e no seu entorno mandem Edgley pintar um quadro para exposição permanente na parede externa da Prefeitura. Tal pintura retrataria uma comparação entre o Rio Pajeú das praias do passado e o Rio Pajeú com esgoto a céu aberto da atualidade. Seria um presente para as gerações futuras com um alerta para que, diferente da nossa geração, cuidem melhor do nosso lendário rio.

Com este gesto também estaríamos dando para Edgley a visibilidade que ele merece e copiando um pouco do que a Catalunha faz pelo seu Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí (1904 – 1989), o Edgley de lá.

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