ACADEMIA

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Vítimas da Telexfree começam a ser ressarcidas do prejuízo financeiro

 


Após anos de batalha jurídica, algumas das vítimas do suposto esquema de pirâmide financeira organizado pela TelexFree, nome fantasia da empresa brasileira Ympactus Comercial S/A, começarão a ser ressarcidas do prejuízo financeiro causado pela companhia.

A empresa, acusada de estimular investimentos por meio de um sistema de marketing multinível, chegou a reunir dois milhões de credores no Brasil. No entanto, após o Ministério Público Federal, em conjunto com o Ministério da Fazenda, avaliar a insustentabilidade financeira do negócio a longo prazo, a TelexFree passou a ser investigada e teve suas atividades encerradas.

Durante anos, credores que investiram altas quantias, realizaram a venda de imóveis e até mesmo adquiriram financiamentos com o objetivo de se tornarem divulgadores da TelexFree, aguardaram que a justiça realizasse o ressarcimento dos valores investidos. Agora, as vítimas que entraram com ações jurídicas contra a empresa começaram a ser incluídas na lista de pessoas que deverão ser ressarcidas. De acordo com o último balanço, mais de R$ 1 bilhão foi bloqueado com o objetivo de realizar este pagamento.

Em Pernambuco, doze representantes legais das vítimas do estado já foram convocados para incluir seus clientes na lista de credores. O advogado Lucas Gondim afirmou que a expectativa é que o aporte financeiro realizado seja devolvido nos próximos meses. “Uma primeira lista já está sendo finalizada, agora é preciso aguardar que o administrador judicial libere o pagamento. Esperamos que o valor investido seja devolvido com correção monetária”, afirmou.

No entanto, o advogado destaca que a baixa procura por ressarcimento judicial no estado fará com que algumas vítimas não possam contar com a devolução do que foi investido. “Muitas pessoas desacreditaram que poderiam ter o dinheiro de volta e acabaram não recorrendo à justiça”, observou. Como o caso prescreveu em abril deste ano, os pernambucanos que não procuraram a justiça solicitando o ressarcimento do dinheiro investido não poderão ser incluídos nas futuras listas de credores.

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