ACADEMIA

domingo, 24 de julho de 2016

Durante missa da Padroeira, Santa Maria Madalena, Monsenhor pede para que pais imponham limites aos filhos

Na noite desta sexta (22) aconteceu na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios a missa em honra a Santa Maria Madalena, padroeira da diocese de Afogados da Ingazeira. A missa foi presidida pelo vigário geral da diocese, Monsenhor João Carlos Acioly Paz e concelebrada pelos padres Juacir Delmiro, José Valme e Aderlan Siqueira. Também estiveram presentes vários seminaristas do seminário Maior e do Menor.
Houve uma grande participação dos fieis que lotaram as dependências da Catedral e acompanharam ao final da celebração, a procissão com a Imagem da padroeira diocesana, Santa Maria Madalena, pelo centro da cidade.
Durante a homilia, o Monsenhor disse que os Textos Sagrados da celebração deste dia, nos ajudam a refletirmos sobre algo muito importante na nossa vida que é o amor, a saudade e a perseverança. De acordo com o Monsenhor, Maria Madalena foi para nós modelo dessas três virtudes em que teve amor a Jesus Cristo, chorou um sentimento de saudade e de ternura, e foi perseverante porque não desanimou diante da procura incessante da pessoa de Jesus Cristo. “Pegando esses três temas: amor, saudade e perseverança, nós podemos também nos alegrarmos porque Maria Madalena foi a primeira testemunha da ressurreição. Foi Ela que anunciou em primeiro lugar a alegria do Ressuscitado. Então nós, dessa diocese de Afogados da Ingazeira, somos felizes, somos agraciados, porque temos como protetora, intercessora de cada um de nós, Aquela que anunciou em primeira mão, em primeiro lugar a alegria da ressurreição”, disse João Carlos.
O Monsenhor também falou sobre os últimos acontecimentos de violência na região, a exemplo do estupro a uma jovem de 15 anos que aconteceu na zona rural de Afogados (Sítio Jiquiri) e do assassinato de um idoso de 86 anos em Solidão. “Infelizmente, estamos perdendo essa sensibilidade de amar. Quando se estupra uma menina de 15 anos e mata um idoso de 86 anos significa que nós estamos perdendo a sensibilidade e a dimensão de amar e de dar testemunho de Jesus Cristo”, disse.
Ainda falando sobre a violência que vem assustando a região do Pajeú, o Monsenhor cobrou que precisamos resgatar os valores humanos nas famílias. “É claro que todos nós queremos uma desculpa, que todos nós queremos encontrar um culpado, mas o que eu acho fundamental é que se não resgatar os valores humanos em nossas famílias, não tem polícia, não tem Ministério Público, não tem nada que dê jeito se a educação não começar na família. Estamos passando por tudo isso, porque as nossas famílias passam por uma crise de identidade, e essa crise de identidade é algo muito sério que é falta de respeito na própria família”, afirmou.
Para concluir, o vigário geral da diocese pediu para que os pais e mães imponham limites aos filhos, pois só assim, vai conseguir educá-los. “Se desde pequeno, você não impõem limite à criança, o pai dá uma ordem e a mãe desmancha, a mãe dá uma ordem e o pai desmancha, essa família vai se tornar uma baderna oficial. E ai quando tiver um filho ou filha de 15 anos, no lugar de você educar, você vai ser educada, ou seja, no lugar de você impor limites como impor na infância, você agora vai pagar e derramar um sangue muito caro. Não tenha medo de impor limites, não tenha medo de educar seu filho, sua filha com limites, porque se você não fizer isso, as consequências é que nós estamos vendo ai”, concluiu.

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