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domingo, 30 de dezembro de 2018

Apenas 7 ministros do ‘time A’ de Michel Temer resistiram até fim do governo


Só 25% dos ministros indicados no início do governo de Michel Temer (MDB) continuam em seus assentos até o fim da gestão.
Dos 28 nomes anunciados para cada pasta, apenas 7 chegaram ao fim do governo. A seleção considera apenas os “titulares”, ou seja, os primeiros nomes anunciados para cada pasta quando Temer assumiu o Palácio do Planalto, em 12 de maio de 2016.
Na lista, estão alguns de seus principais auxiliares, como Eliseu Padilha (Casa Civil), e nomes que migraram de 1 ministério para outro, mas estão na Esplanada desde o começo.
São exemplos Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência e Minas e Energia) e Raul Jungmann (Defesa e Segurança Pública).
Eis os nomes que permaneceram mais tempo à frente de seus ministérios:
  • Eliseu Padilha (Casa Civil);
  • Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia);
  • Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional);
  • Raul Jungmann (ex-Defesa e agora na Segurança Pública);
  • Blairo Maggi (Agricultura);
  • Ilan Goldfajn (Banco Central);
  • Moreira Franco (ex-Secretaria Geral da Presidência e hoje em Minas e Energia).
Outros 10 ministros ficaram 1 ano e quase 11 meses. Eles deixaram o governo para tentar um cargo público. A lei determina que nomes que pretendem concorrer às eleições devem se afastar da administração pública pelo menos 6 meses antes do pleito.
Dos primeiros nomeados para ministério, o senador Romero Jucá (MDB) foi o que ficou menos tempo no cargo: 12 dias.
Jucá saiu do Ministério do Planejamento após vazamento de conversa onde sugeriu um “pacto” para barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ele nega as acusações.
Michel Temer encerrará a gestão nesta segunda-feira (31), com 2 anos e 7 meses de mandato.
O emedebista assumiu o governo em 12 maio de 2016, após o afastamento de Dilma Rousseff (PT). Em seu 1º pronunciamento como presidente, falou em reequilibrar as contas públicas, recuperar investimentos e manter programas sociais.
O governo começou com 24 ministérios e termina com 29.
Intriga e prisão
Geddel Vieira Lima (MDB), que era responsável pela Secretaria de Governo, ficou 6 meses e 13 dias no governo. Ele foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tê-lo pressionado para liberar uma obra no centro histórico de Salvador.
Geddel é proprietário de um apartamento em um edifício cuja construção foi embargada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Devido ao episódio, Calero pediu para deixar o governo em 22 de novembro de 2017.
Três dias depois Geddel também pediu demissão. Em 7 de junho de 2017, o ex-ministro de Temer foi preso no âmbito da operação Cui Bono, que apurava irregularidade na liberação de recursos da Caixa Econômica. Foram encontrados R$ 51 milhões em um apartamento do ex-ministro, em Salvador (BA).
Aprovação do governo
O governo Temer começou com 13% de aprovação, segundo pesquisa do Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A gestão terminou o mandato com 74% de rejeição, pior avaliação entre os presidentes em fim de mandato. A maior marca havia sido registrada em 1989, quando 60% dos brasileiros rejeitam o governo de José Sarney.
Escândalos como o da JBS, denúncias feitas contra ele pela PGR (Procuradoria Geral da República) e desempenho pífio da economia colaboraram para esse quadro. O governo tem obtido reprovação acima de 70% desde julho de 2017.

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