ACADEMIA

domingo, 29 de setembro de 2019

Órgãos investigam navio em Pernambuco por vazamento de óleo no Nordeste


Uma imagem de satélite que registra suposto navio na costa pernambucana no início deste mês pode ajudar a desvendar a origem da mancha de óleo que atingiu pelo menos 105 locais de 46 municípios em oito estados nordestinos nos últimos 25 dias.
O grupo que analisa o caso, composto por órgãos ambientais estaduais e federais e pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), identificou um ponto em alto mar com uma mancha ao lado.
Ainda não há resultado conclusivo. A grande dificuldade é a qualidade da imagem, que foi aproximada para se analisar ponto a ponto.
Eduardo Elvino, diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH (Agência Pernambucana de Meio Ambiente) que estuda o problema desde o início em parceria com a UFPE e UFRPE, diz que as imagens são distorcidas e, por isso, a análise é bastante dificultada.
“Imagine que temos quase uma cor só. Por isso, a gente está analisando pixel a pixel (ponto a ponto). Identificamos um ponto, que seria um suposto navio, e estamos trabalhando para saber a densidade desta mancha”, disse.
Elvino informou que não há, até o momento, detalhes sobre a possível embarcação. Ainda não tem como precisar a distância entre o ponto que está sendo analisado e a costa pernambucana. Ele disse também, sem especificar a quantidade, que, na imagem, aparecem vários navios que serão analisados posteriormente.
Marcus Silva, professor do departamento de oceanografia da UFPE, que também trabalha no grupo de investigação do problema, declarou que, pela quantidade de óleo descartada, é preciso análise muito detalhada para saber se o material teve origem na mesma fonte.
Ele afirma, de maneira preliminar, que existe coincidência entre o tempo de saída do óleo com o período em contato com a água e posterior chegada à areia da praia.
“Mas há um volume bastante expressivo, que só fomos percebendo com o passar do tempo. Uma lavagem de um tanque de um único navio, por exemplo, não produz essa quantidade de material”, afirma.
O professor diz que, no momento, ainda não é possível cravar o que realmente aconteceu. Atesta apenas que a origem é marinha e que o sistema de ventos está distribuindo o material.

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