Uma semana depois de prestigiar a inauguração do Templo de Salomão, da igreja Universal, Dilma Rousseff participou, nesta sexta, do encerramento de um congresso da Assembléia de Deus. Brindou os presentes com comentários como esse: “O Brasil é um Estado laico, mas, citando um salmo de Davi, eu queria dizer que feliz é a nação cujo Deus é o Senhor.''
Disse coisas assim: “Eu acredito naqueles que creem e no poder da oração. Na Bíblia, está escrito que a oração de um justo pode muito em seus efeitos. Não se esqueçam de orar por mim. Eu estarei contando muito com isso. Quero dizer também para vocês que todos os dirigentes desse país dependem do voto do povo e da graça de Deus. Eu também.''
Confirma-se em 2014 algo que os brasileiros haviam percebido em 2010: perto das urnas, a religiosidade de Dilma cresce. Surge no íntimo da ex-guerrilheira uma beatice insuspeitada. O velho materialismo dialético cede espaço ao redivivo poder divino. Depois de renovar seus laços com Lula, a ex-devota de Marx achega-se a Deus!
Certas conversões estimulam a suspeita. Há pessoas que falam em Deus com tal convicção que a plateia fica tentada a acreditar que Ele não existe. Ou não merece existir. Bobagem. Deus já não é full time. Mas aparece de quatro em quatro anos. Ele está em toda parte. Numa eleição em que o desempenho do pastor Everaldo pode provocar o segundo turno, Deus está até na alma de Dilma Rousseff.
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