Atendendo a uma recomendação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) suspendeu os pontos obtidos pelo Palmeiras na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, no último sábado, até o julgamento relacionado ao pedido apresentado pelo time carioca para a anulação da partida por quebra de protocolo do VAR. A tabela no site da CBF foi atualizada às 12h47 de hoje.
Desta forma, o Palmeiras passa a ter 13 pontos na classificação e espera uma definição relativa ao caso para saber se vai reaver os pontos ou terá que disputar uma nova partida. Mesmo assim, o time comandado por Felipão permanece na liderança da Série A do Campeonato Brasileiro, com um ponto de vantagem em relação ao Atlético-MG. O Botafogo permanece com 9.
A suspensão dos pontos atende a uma recomendação do STJD, que na última terça-feira acolheu o pedido do Botafogo para que um possível erro de direito seja analisado. Ainda não há data para o julgamento.
O Botafogo pediu a anulação do jogo contra o Palmeiras por um suposto uso indevido do árbitro de vídeo (VAR). O clube alega que o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior já havia prosseguido normalmente um novo lance, o que impediria o uso do VAR na marcação do pênalti que deu a vitória ao time paulista.
Em entrevista ao SporTV, o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, disse que o caso será analisado dentro de um contexto e apresentou os parâmetros que devem ser levados em conta pelo tribunal, que pela primeira vez analisará um pedido de anulação de uma partida por causa de uma quebra de protocolo do VAR.
“O que temos ter em mente em primeiro momento é a certeza de que houve esse erro, não pode ter dúvidas que houve ou não esse erro. No caso do Botafogo ou de qualquer outro caso que já ocorreu ou pode ocorrer para frente essa é a primeira questão. Não pode haver dúvida do erro. O primeiro ponto é esse: o erro realmente aconteceu?”, explicou.
“O segundo ponto é: esse erro de direito, se aconteceu, é relevante dentro de todo o contexto? Ele não pode ser analisado objetivamente. Daí entra a subjetividade. Na minha opinião, se todos pleitearam o VAR e é para corrigir, (é preciso ver) em quais circunstâncias ocorreu o erro de protocolo. Se acionou e ele corrigiu, (o erro) é maior do que o de protocolo? A anulação de uma partida é uma situação excepcionalíssima”, completou.
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