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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Compesa busca redução de custos


Para tentar conter um dos seus maiores custos – a energia – e ao mesmo tempo introduzir novas soluções tecnológicas de automação em seus processos, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) firmou um convênio de cooperação técnica com a Agência Americana de Comércio e Desenvolvimento (United States Trade and Development Agency – USTDA). O acordo renderá à companhia uma espécie de fundo perdido da agência americana, no valor de US$ 1,3 milhão (o equivalente a cerca de R$ 5,2 milhões).
Na primeira fase do projeto, que já vem sendo posta em prática, foram levantados justamente os principais entraves econômicos da Compesa (energia e automação) e a compatibilidade dessas deficiências com os recursos disponíveis. “Os técnicos da agência estavam na Compesa e identificaram as dificuldades em determinadas áreas. Eles exploraram essas necessidades e viram estar compatível com o que poderiam investir. Após isso, foi contratada uma consultoria que conversou por alguns meses conosco e junto à companhia construiu o modelo de contratação que precisamos”, diz o diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barreto. 
No caso da energia, grande parte do consumo se dá nas estações de bombeamento de água que compõem os sistemas de abastecimento dos 173 municípios operados pela Compesa em Pernambuco. Em 2018, o insumo representou 12,6% das despesas, ao passo que no último mês de abril, o gasto com energia atingiu o montante de R$ 16 milhões. “O consumo de energia é um dos maiores desafios que enfrentamos. A nossa expectativa é reduzir em até 15% o consumo e colocar em prática esses projetos que trarão novas soluções tecnológicas”, reforça Barreto. Para o estudo, foram selecionadas as 33 maiores unidades consumidoras do Estado, que respondem por cerca de 50% da fatura de energia da Compesa.
No caso da automação, a cooperação técnica também prevê a contratação de uma consultoria para elaborar um planejamento de implantação de sistemas inteligentes na companhia de abastecimento. Esse projeto refere-se a um Sistema de Água Inteligente (Smart Water Utility), que inclui proposições de novas tecnologias de sensores e atuadores e aplicações de ferramentas inteligentes para suporte à tomada de decisões.
“Quem faz o processo de seleção da empresas (para consultoria) é a própria agência americana. Aprovamos o que queremos e eles fazem a seleção de empresas dos EUA. Quem chegar aqui cumprirá essas diretrizes. Vamos aperfeiçoar unidades que já temos sistemas automatizados e avaliar o que poderá ser possível aplicar de inteligência artificial. Da mesma forma, virá outra empresa para estudar a melhor forma de eficiência energética. Ao final, em conjunto com a Compesa, será entregue um modelo de contratação para empresas que aplicarão as soluções necessárias”, explica o diretor de Novos Negócios.
Nessa fase, o investimento passará a ser da companhia pernambucana, que só arcará com os custos após a comprovação de resultados. Para instalação das tecnologias, poderão ser contratadas até mesmo empresas brasileiras, que terão de firmar uma espécie de contrato de compensação, recebendo conforme a geração de receita ou redução de despesa conquistada.

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