ACADEMIA

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Com Eduardo e reforma, senadores veem a bola na marca do pênalti


Começa a ganhar corpo no Senado à tese de que a Casa tem uma oportunidade única de demonstrar independência em relação ao Executivo e, ao mesmo, tempo, compromisso com o Brasil. Para isso, seria preciso aprovar a reforma da Previdência e de acordo com a Coluna do Estadão desta segunda-feira, vetar a indicação de Eduardo Bolsonaro para ocupar a embaixada de Washington (EUA). Os artífices do plano estão na ala da oposição, ciente de que muito provavelmente será derrotada na reforma, e entre senadores de centro incomodados com tantas “caneladas” do presidente. A bola está na marca do pênalti, diz um deles.
Os governistas do Senado têm dito que Eduardo Bolsonaro terá de ser tecnicamente perfeito e politicamente impecável na sabatina. Caso contrário, estarão dadas as condições para uma “revanche” dos insatisfeitos com o presidente Jair Bolsonaro.
Líderes de partidos simpáticos a Bolsonaro, porém independentes, têm alertado o presidente Davi Alcolumbre (DEM) de que a Casa não poderá sair desses dois desafios, a reforma e a indicação de Eduardo, com a pecha de fisiológica.
A propósito, são mais de dez as indicações de embaixadores paradas na mesa diretora do Senado. A expectativa de aliados é de que Alcolumbre passe Eduardo na frente, como um aceno de que não pretende atrapalhar o governo.
Um grupo de 12 senadores, entre eles Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), ameaça não votar a reforma da Previdência se não andarem no Congresso as pautas do pacto federativo. Mandaram avisar o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE).

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