quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Operação no Alemão e na Penha deixa 64 mortos e se torna a mais letal da história do Rio de Janeiro

A operação conjunta das forças de segurança do Rio de Janeiro realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha já é considerada a mais letal da história do estado. Até as 15h, o balanço apontava 64 mortos, número que supera o total de vítimas das operações anteriores no Jacarezinho (2021) e na Vila Cruzeiro (2022), que somadas resultaram em 62 mortes. Todas essas ações ocorreram durante o governo de Cláudio Castro (PL).

Batizada de Operação Contenção, a ofensiva mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes de facções criminosas. No entanto, o que se seguiu foi um intenso confronto armado. Segundo informações oficiais, 60 suspeitos morreram durante os confrontos, além de quatro policiais, que foram atingidos por disparos. Um delegado da Polícia Civil também ficou gravemente ferido e está internado em estado crítico. Outros agentes foram baleados durante os tiroteios.

Durante a operação, traficantes reagiram com violência, erguendo barricadas em chamas e espalhando o pânico na região. Colunas de fumaça puderam ser vistas de diferentes pontos da cidade. A Polícia Civil informou ainda que criminosos lançaram explosivos por meio de drones, em uma tática inédita e considerada um agravante na escalada de violência.

Cenas de fuga em massa foram registradas, com criminosos correndo em fila indiana pela parte alta da comunidade, lembrando os episódios de 2010, quando o Complexo do Alemão foi ocupado pelas forças de segurança.

Com o novo balanço, a Operação Contenção entra para a história como a ação policial mais letal já registrada no Rio de Janeiro, reacendendo o debate sobre a política de segurança pública no estado e o alto custo humano dessas operações nas favelas cariocas.

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