ACADEMIA

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Professora denuncia agressão física por aluno de 15 anos em Santa Catarina


A professora Marcia Friggi usou o Facebook para denunciar ter sido agredida com socos por um aluno de 15 anos na escola onde leciona no município de Indaial, em Santa Catarina, nesta segunda-feira (21). Conforme o relato, a educadora pediu que o adolescente colocasse o livro utilizado na aula sobre a mesa. Com a negativa do rapaz e uma agressão verbal como resposta, Marcia pediu que ele se retirasse da sala. A agressão física teria ocorrido minutos depois, quando os dois foram até a sala da direção.
Segundo a professora, o estudante negou tê-la ofendido e, ao ser interpelado, começou a agredi-la com fortes socos. Marcia publicou fotos que mostram um corte aberto em uma das sobrancelhas, um olho inchado por um hematoma e sangramento no nariz.
Na publicação, a profissional também desabafa sobre agressões verbais anteriores e reclama do desamparo dos governos em relação à profissão. "Estou dilacerada por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacerada por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem. Porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos", afirmou.  
A delegacia de Polícia Civil de Indaial confirmou que a professora registrou o boletim de ocorrência no final da manhã e foi encaminhada para realização de exame de corpo de delito. "Sala lotada. A imensa maioria era de mulheres acompanhadas de outras mulheres (...) cobertas por lenços e enormes óculos escuros, como eu. silenciosas, caladas, cabeça baixa", relatou mais tarde, também no Facebook, sobre o exame.
Após o resultado do corpo de delito, o adolescente deve ser intimado a prestar depoimento e será investigado por ato infracional, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Até o horário desta publicação, a reportagem não localizou representantes da escola para comentar o caso. A professora relata que a agressão ocorreu no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), administrado pela rede pública municipal de educação.

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