Cidelson Batista foi lanchar com a família, mas acabou trancado por carreata governista. Situação evoluiu para espancamento. “Minha filha está traumatizada”, diz esposa do profissional
Um episódio de violência política está sendo denunciado em Tabira, no Pajeú.
O mecânico Cildelson Wagner Batista foi agredido por militantes da Coligação da prefeita Nicinha Melo, que realizavam uma carreata.
Segundo a esposa, Edivaneide Gomes, servidora do hospital Regional Emília Câmara, eles estavam no carro com as duas filhas quando, a pedido de uma delas, foram lanchar na área central da cidade.
“A gente voltava de um sítio e fomos pra casa. Perto do Espetinho de Toinho, nossa filha pediu um lanche”.
Uma Saveiro que participava da carreata governista ia pouco a frente do carro da família. A área não era oficial do evento, mas alguns veículos circulavam no local. “A gente desceu. Quando Cidelson viu a movimentação, decidiu ir pra casa”.
“Ele achou melhor a gente pedir a pizza em casa. Foi quando a Saveiro parou e a moça que estava em cima do paredão de som esfregou a blusa na minha cara e veio pular na minha frente. O rapaz desceu do carro e pediu para Cidelson afastar. Ele explicou não ter como passar porque havia carros atrás. Ele disse que se o rapaz afastasse um pouco ele sairia pela rua de Bruna Festas. A gente explicou que só queria ir pra casa, que não tinha adesivo em carro, não faz política, até porque Cidelson detesta política”.
Ela disse que a partir daí ele disse que não sairia. “Que se a gente entrou a gente iria ficar. A menina veio e jogou de novo a blusa na minha cara, pegou uma bandeira e jogou na minha cara. O rapaz veio balançar a bandeira sobre mim. Sidelson pediu para ele parar e ele jogou a bandeira. Ele arrodeou, foi pro lado de Cidelson e jogou a bandeira em cima dele”.
Segundo ela, a partir daí, Sidelson revoltado quebrou a bandeira. “O motorista e dois caras passaram a agredir meu marido com nossa filha dentro do carro. Eu comecei a gritar e a menina me pegou pelos cabelos. E nossa filha gritando, não batam mais no meu pai, por favor. E eles espancando Cidelson”.
Ela disse que uma pessoa identificada como Renato conseguiu retirar o marido já no chão após as agressões. “A gente não pode mais sequer sair na rua. Isso não pode ficar assim. A gente quer justiça. Minha filha está aqui traumatizada”, disse chorando. Cidelson passou por cuidados médicos.
Até a publicação dessa matéria os agressores não foram identificados. O candidato da oposição Flávio Marques, lamentou a agressão.
“Nos solidarizamos com Cidelson e sua família, que foram atacados por um grupo de apoiadores de nossa adversária candidata a prefeita, durante uma carreata realizada hoje. Repudiamos todas as formas de violência e reafirmamos nosso compromisso com a democracia, com as liberdades políticas e ideológicas. Lamentamos, que a política em Tabira praticada por nossos adversários extrapole o âmbito do debate acerca do melhor projeto político para o município e se transforme numa agressão física contra pessoas e famílias tabirenses, que desejam a mudança.
Por Nill Junior
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