Várias s cidades do Sertão de Pernambuco estão em alerta por causa do barbeiro, inseto que transmite a doença de chagas. Na região, 10 cidades correm o risco de ter novos casos. Para reduzir a contaminação da doença, a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) desenvolveu um projeto junto aos municípios.
A doença de chagas é causada pela picada do barbeiro, lesionando a pele geralmente no rosto e nos braços. “Caracteristicamente essa picada ocorre mais no período noturno em áreas em que o indivíduo permanece descoberto, como o rosto e o braço principalmente. Nessa primeira infecção, o indivíduo pode apresentar sintomas semelhantes com uma conjuntivite. O olho vai ficar inchado, avermelhado, pode ter febre. Uma febre baixa, pode aparecer gânglios no pescoço ou até mesmo em todo o corpo. Isso dura em média um mês”, destaca o cardiologista Luiz Dantas.
Depois dos sintomas ocasionados na fase aguda, a doença continua avançando e pode levar até 40 anos para aparecer. “O indivíduo vai conviver com o parasita no interior do organismo sem manifestar a doença. Passado 20 a 40 anos desse contágio inicial, esse indivíduo entra na fase da doença crônica, que pode se manifestar por acometimento cardíaco, dilatação do esófago e do intestino grosso. Pode levar a morte se não tratado”, explica o médico.
No Sertão pernambucano, além de Petrolina, as cidades de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande,Orocó, e Santa Filomena estão em alerta e correm o risco de ter novos casos da doença de chagas. Na região do Pajeú, a cidade de Carnaíba está na lista, bem como Iguaraci, Itapetim, Tabira, São José do Egito, Ingazeira, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira também aparecem. Em Petrolina, o índice de infestação é de 23,1%, considerado acima do aceitável pelo Ministério da Saúde, que é de 5%. Em geral, os focos do inseto transmissor se concentram em comunidades da Zona Rural das cidades.
Fonte: Caue Rodrigues
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