As estratégias dos candidatos a presidente da República começam a se diferenciar entre si. Nos 25 dias que restam para o início do horário eleitoral gratuito pelo rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff e os oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos irão trilhar caminhos diferentes para chegarem bem colocados à abertura da campanha eletrônica.
Por decisão pessoal de Dilma, ela pretende se concentrar nas funções de governo até o final do mês. O lançamento oficial da candidatura está marcado apenas para o dia 31, na sede da CUT, em São Paulo.
TV, A ARMA DE DILMA
Até lá, a presidente pretende usar a maior parte de seu tempo para continuar tocando a administração. No sábado 19, por exemplo, ela sobrevoou áreas afetadas pelas cheias na região urbana de Porto Alegre e liberou recursos federais para ações de mitigação dos prejuízos. Não havia compromissos previstos para este domingo 20.
É consenso entre os estrategistas de Dilma que a principal arma da reeleição será o programa da candidata no horário eleitoral gratuito. Com mais que o dobro do tempo do segundo colocado nas pesquisas, o tucano Aécio Neves, Dilma acredita que a mensagem de suas realizações será transmitida com força e impacto.
BÊNÇÃO DO PADRE CÍCERO
Para Aécio, o momento é diferente. Ele fez no sábado 19, pela manhã, uma incursão pela populosa zona sul de São Paulo, pela primeira vez em companhia do governador Geraldo Alckmin e do candidato a senador José Serra. Às seis da manhã deste domingo, o tucano já estava em Juazeiro do Norte, para a missa em homenagem aos 80 anos da morte do Padre Cícero. Ele pretendia passar o dia no Ceará, na busca de melhorar seu desempenho onde a vantagem nas pesquisas está com o governo.
EDUARDO: SEGURAR OS SEUS
Entre o corpo-a-corpo e a política de bastidores, os próximos dias da campanha do ex-governador Eduardo Campos serão híbridos. Depois de ter se mudado para São Paulo, ele assistiu ao início de problemas em sua base eleitoral em Pernambuco. Uma de suas demandas é aparar arestas na campanha do candidato à sua sucessão, Paulo Câmara. Para tanto, tem comparecido a eventos de campanha no interior do Estado. O socialista igualmente precisa manter a proximidade com a vice Marina Silva, para que os discursos não divirjam. Tudo isso combinado com a necessidade, segundo as pesquisas, de se fazer conhecido. Sem dúvida, um bom desafio.
(Do Portal BR 247)
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