A combinação de bebida, imprudência e alta velocidade é apontada pela polícia como a causa do acidente que deixou duas mulheres mortas e duas crianças e um homem feridos, na noite deste domingo (26), na Zona Norte do Recife. Imagens de câmeras de seguranças de um prédio mostram quando o Ford Fusion de placas NMN-3336, que era conduzido pelo estudante de engenharia civil João Victor Ribeiro de Oliveira, de 25 anos, avança o sinal vermelho em alta velocidade e atinge uma Toyota RAV4 de placas DEZ-9493.
Na SUV, estavam o advogado trabalhista Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 46 anos, a esposa dele, a advogada Maria Emília Guimarães, 39, os dois filhos, Miguel Guimarães Motta Silveira, de 3 anos e Marcela Guimarães Motta Silveira, 5, além da babá das crianças, Rosiane de Brito Souza, 23, que estaria grávida de três meses. O acidente aconteceu às 19h32 no cruzamento da rua Cônego Barata com a avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira.
O teste do bafômetro indicou 1,03 miligramas de álcool por litro de ar expelido - três vezes mais álcool no sangue do que o permitido. João Victor foi autuado em flagrante por duplo homicídio com dolo eventual e três lesões gravíssimas e passará por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira (27), às 11h, segundo o tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Marcela, 7, sofreu traumatismo craniano e está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, no Recife. A situação de Miguel Neto também é delicada. Ele e o pai estão internados no Hospital Santa Joana, no bairro das Graças, também no Recife. O advogado Miguel Filho sofreu fratura em várias vértebras, mas não corre risco de morte.
De acordo com o delegado Ricardo Silveira, que deu início as investigações do caso, uma testemunha afirmou que o motorista do Fusion em momento nenhum reduziu a velocidade do veículo. "Temos uma testemunha chave, além das imagens de câmeras de um prédio que revelam toda a ação. Ele estava a aproximadamente 100 quilômetros por hora e em momento nenhum freou. Assumiu o risco", destacou.
O universitário João Victor Ribeiro de Oliveira passou por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, na Zona Oeste do Recife. Após dar entrada na unidade de saúde, ele aceitou fazer o exame de alcoolemia. "Em um primeiro momento, a simples inspeção no veículo e o próprio semblante do universitário já revelava o uso de álcool. Ele foi atendido na UPA e lá revelou que ingeriu bebida alcoólica, aceitou fazer o teste do bafômetro e tinha três vezes mais álcool no sangue do que o permitido. Naquele momento, ele disse que tinha feito besteira. Afirmou que teria começado a beber à tarde, em Olinda, e que tinha pego o carro do pai escondido e que não lembrava de absolutamente nada", afirmou o delegado.
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