Dos 39, 24 entraram em colapso. Dos municípios onde secaram, Parnamerim bate recorde com três barragens em 00% de volume d’água.
Serra Talhada está numa posição mais confortável. O açude Cachoeira 2 está com cerca de 20% da capacidade, ou seja, 4 milhões, 529, 40 metros cúbicos, dos 21 milhões de capacidade. Brotas em Afogados da Ingazeira está com cerca de 25% do volume. Ambos são municípios abastecidos com a Adutora do pajeú.
Barragem do Rosário, em Iguaracy |
Em Iguaracy, a barragem do Rosário está com quase 0% da capacidade, já opera em volume morto faz tempo. Além de Iguaracy e alguns distritos, os municípios de Tuparetama, Ingazeira, Tabira e São José do Egito que eram abastecidos por ela passam por um racionamento d’água rigoroso e muitas vezes depende de carros pipa. Outra barragem que está na mesma situação é a do Chinelo em Carnaíba.
Poço da Cruz, em Ibimirim |
Mas a situação preocupante é em Ibimirim, Sertão do Moxotó, o açude Poço da Cruz, considerado o maior do estado está com cerca de 20% da capacidade. Dos 500 milhões de metros cúbicos de capacidade restam menos de 20 milhões. Para piorar, a previsão da meteorologia é que só deve voltar a chover em outubro.
Voltando para a situação da falta d’água no Sertão do Pajeú, a esperança dos moradores das cidades afetadas com o colapso do Rosário seria a conclusão de mais um ramal da Adutora do Pajeú, pensando nisso, representantes de vários segmentos da sociedade estiveram reunidas no final de julho na Câmara Municipal de Itapetim para discutir a crise hídrica na região.
O atraso nas obras da segunda etapa da Adutora do Pajeú foi um dos assuntos mais debatidos durante o encontro, promovido pelo Rotary Club de Itapetim e Ministério Público de Pernambuco, através da 3ª Circunscrição, com apoio do legislativo itapetinense e da Prefeitura Municipal. O prefeito Arquimedes Machado cobrou mais agilidade na execução dos serviços e criticou a falta de apoio do Governo Federal diante da crise hídrica.
Adutora Pajeu em São José do Egito |
O chefe do serviço técnico do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Jackson Carvalho, explicou que o atraso nas obras se deve a atual conjuntura econômica do país. Ainda de acordo com ele, o trecho até São José do Egito, que deveria ficar pronto agora em agosto, será concluído apenas em outubro. Para Itapetim a previsão é ainda pior.
Afirmou que o trecho emergencial termina em São José do Egito. O restante a gente precisa fazer uma obra denominada ramal de Sertânia, que vai ligar o canal do São Francisco a Afogados da Ingazeira. Só com esse ramal, teremos condições de abastecer as demais cidades da segunda etapa, entre elas Itapetim.
Segundo o promotor Lúcio Luiz de Almeida Neto, o próximo passo será a elaboração de um documento com os encaminhamentos da audiência para ser levado a Brasília.
Fonte: Marcello Patriota
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