RIO - Chegou a hora do mata-mata. É agora, para muita gente, que começa a Copa
do Mundo de verdade. A partir de Hoje serão 16 jogos, com uma carga
dramática que nem se pode comparar aos 48 que aconteceram até esta
quinta-feira. Ninguém mais tem direito de perder. Nem sequer de empatar.
Se os 90 minutos terminarem em igualdade, haverá prorrogação de meia
hora, com dois tempos de 15 minutos. Se ainda assim não houver um
vencedor, a disputa de pênaltis, sempre tão intensa, de dar frio na
barriga até mesmo em quem não torce por nenhum dos times, se incumbirá
de definir quem avança e quem fica pelo caminho.
De cara, o chaveamento das oitavas de final aponta alguns favoritos para ingressar no grupo dos oito melhores do mundo e um lado da tabela (onde está o Brasil) bem mais forte, ao menos em tradição, do que a outra metade (onde pontifica a Argentina).
Sábado, 28 de junho
13:00 Brasil x Chile - Mineirão, Belo Horizonte
17:00 Colômbia x Uruguai - Maracanã, Rio de Janeiro
Domingo, 29 de junho
13:00 Holanda x México - Castelão, Fortaleza
17:00 Costa Rica x Grécia - Arena Pernambuco, Recife
Segunda-feira, 30 de junho
13:00 França x Nigéria - Mané Garrincha, Brasília
17:00 Alemanha x Argélia - Beira-Rio, Porto Alegre
Terça-feira, 1º de julho
13:00 Argentina x Suíça - Itaquerão, São Paulo
17:00 Bélgica x Estados Unidos - Arena Fonte, Nova Salvador
QUATRO GRANDES FAVORITOS
Será bastante surpreendente se Brasil, França, Alemanha e Argentina não chegarem às quartas de final. Os brasileiros jogam em casa,
e têm retrospecto amplamente favorável contra o Chile em Copas. Os
franceses mostraram muito mais futebol que a Nigéria, e devem se encontrar com
os vizinhos germânicos num grandioso jogo de quartas de final em pleno
Maracanã. A Alemanha, antes, porém, tem de passar pela Argélia, em
chance de vingar a enorme zebra africana ocorrida na Copa de 1982.
Também parecem mínimas as chances de os argentinos caírem diante da
Suíça, em São Paulo.
Outras duas partidas prometem muito: o
Maracanã receberá no sábado novamente a seleção uruguaia, 64 anos após o
Maracanazo. Sem seu craque Suárez (suspenso após a mordida no italiano
Chiellini), e enfrentando uma Colômbia de futebol envolvente e três
vitórias na primeira fase, o Uruguai tem parada duríssima pela frente.
Até pela tradição celeste, é pouco prudente apontar favoritismo neste
duelo, do qual sairá o adversário de brasileiros ou chilenos na fase
seguinte.
Já Holanda e México será o encontro de duas seleções de
atuações convincentes na primeira fase. Um possível favoritismo holandês
pode ser abalado pela questão climática: o jogo será disputado em
Fortaleza, às 13h de domingo, e há grandes chances de o calor
influenciar o desempenho dos times — os outros jogos disputados na hora do almoço serão Brasil x Chile (Belo Horizonte), França x Nigéria (Brasília) e Argentina x Suíça (São Paulo).
CAMINHO MAIS TRANQUILO PARA ARGENTINOS
O desequilíbrio entre os dois lados da tabela pode ser medido pelo número de títulos mundiais.
Na chave “brasileira”, são 11: cinco do Brasil, três da Alemanha, dois
do Uruguai e um da França. No lado “argentino”, há apenas os dois
conquistados pelo país de Maradona.
É nesta metade da tabela que
está o duelo entre “patinhos feios” das oitavas de final: Costa Rica e
Grécia, ambos pela primeira vez nas oitavas de final, vão se enfrentar
em Recife. O vencedor provavelmente enfrentará o time de Messi nas
quartas de final. O outro jogo que completa as oitavas é entre Bélgica e
Estados Unidos, em Salvador, de onde sairá o adversário de Holanda ou
México nas quartas de final. Prevalecendo a tradição, é razoável
imaginar uma semifinal entre argentinos e holandeses, reeditando outros
encontros históricos de Copas, como a final de 1978 vencida pelos
argentinos ou o troco da Holanda na grande partida das quartas de final
de 1998, com a vitória decidida nos minutos finais com um grande gol do
meia Dennis Bergakamp.
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