Já estava
entendido que o fechamento das coligações partidárias não engrandeceria
ninguém. Mas Dilma Rousseff decidiu agravar o problema. Chantageada pelo
PR, a presidente dobrou os joelhos. Com isso, além de não aumentar a
própria estatura, ela rebaixou o teto.
Para entregar a Dilma o seu tempo de propaganda eletrônica —coisa de 1min15s—o PR exigiu o
escalpo do ministro Cesar Borges, dos Transportes. Seguindo
aconselhamento de Lula e dos operadores do seu comitê eleitoral, com
quem se reuniu na noite de terça, Dilma passou o pescoço do auxiliar na espada, enviando-o, rebaixado, para a Secretaria de Portos.
No lugar de
Borges, Dilma acomodou Paulo Sérgio Passos, um ex-ministro dos
Transportes que o PR passou a considerar menos prejudicial aos seus
patrióticos interesse$. Depois desse balé de elefantes, a coerência de
Dilma passou a caber numa caixa de fósforos. Muita gente será incapaz de
reconhecer honestidade de propósitos em Dilma. E ela talvez seja
incapaz de demostrá-la.
De resto,
será difícil, muito difícil, dificílimo ouvir Dilma falando de ética e
moral sem levar um sorriso ao canto dos lábios. Toda vez que a
ex-gerentona vier à boca do palco para vociferar contra este ou aquele
transgressor da moralidade, uma voz interior gritará para a consciência
da plateia: ‘Fala sééério!
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