ACADEMIA

sábado, 15 de abril de 2017

Armando Monteiro aproveita pra bater no PSB de Pernambuco


O senador Armando Monteiro (PTB) fez críticas às gestões do PSB em Pernambuco, com base nas afirmações feitas por delatores da Operação Lava Jato, disponibilizadas esta semana pelo Supremo Tribunal Federal. Para o parlamentar, que até o momento é o principal opositor do governador Paulo Câmara (PSB) para o pleito de 2018, havia um "quadro institucionalizado" em Pernambuco.
"Lamentavelmente, havia um quadro institucionalizado, pelas denúncias, em Pernambuco. Todas as obras que foram geridas de forma direta pelo governo do Estado ou obras federais que havia uma interferência do governo estadual, há denúncias em todas as obras", disse, ontem pela manhã, em entrevista à Rádio Jornal. "Se verifica um quadro que se demonstra, de forma muito contundente, que em Pernambuco tivemos processos que apontam para situações muito graves, que precisam ser esclarecidas. Há uma confluência de depoimentos envolvendo os mesmos personagens e tudo converge para situações em obras de Pernambuco", acrescentou.
Questionado se as denúncias contra o PSB lhe trariam benefícios na disputa eleitoral, o petebista preferiu não fazer prognósticos. "Não faço esse cálculo de benefício A, B ou C. Os pernambucanos precisam de um esclarecimento. Os pernambucanos votaram nesses políticos. Há muita coisa que o pernambucano tem o direito e conhecer e deve exigir", disse o senador, citando operações que envolvem nomes do PSB, como Turbulência e Fair Play.
Do PTB, partido do senador, foi citado o ex-deputado federal José Chaves. Para Armando, a leitura política é a mesma. "Todos terão amplo direito de defesa, o direito de esclarecer a posição de cada um", declarou. Segundo a petição nº 6788 do STF, os delatores João Pacífico e José de carvalho Filho citaram o pagamento de R$ 100 mil a José Chaves no ano de 2010, para a campanha eleitoral.
Sobre o quadro nacional, Armando avaliou que a "Lista de Fachin" trará um "impacto profundo" nas eleições do próximo ano. Para ele, os fatos revelados ao longo da semana atingem os dois principais partidos que se alternaram no poder - PT e PSDB. Para Armando, Lula, apesar do seu prestígio político, foi atingido. Já o PSDB, avalia o senador, teve suas principais lideranças igualmente atingidas, inclusive com o envolvimento do senador Aécio Neves, presidente do partido. O PMDB, partido do presidente Michel Temer, não tem quadro para apresentar, pois suas lideranças também foram citadas. "Fala-se no Dória (prefeito de São Paulo), porque ele é um candidato novo. Mas é muito cedo."
Sobre reforma política Armando disse que não ficará pronta a tempo das eleições de 2018 e talvez seja necessária a implantação de uma constituinte, mas apenas após 2018. Para ele, o financiamento público será praticamente a única opção em 2018.

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